Artigo:

INTRODUÇÃO: No dia 30 de janeiro de 2020 a OMS anunciou o estado de pandemia por conta do número crescente de casos pelo mundo de COVI-19. Exames como o RT-PCR estão sendo utilizados para diagnosticar a infecção pelo SARS-CoV-2, a partir da coleta por swab de secreção orofaríngea. Todavia, recentes estudos sobre o exame RT-PCR provaram que o RNA viral estava presente em espécimes fecais, apresentando a forma contaminante do vírus por até 96 horas. Diante desse resultado surgem preocupações quanto ao aumento da transmissibilidade desse vírus pela via oral-fecal, principalmente em países subdesenvolvidos, os quais sofrem com a precarização do saneamento básico, como é o caso do Brasil. Assim sendo, o artigo em questão, tem como objetivo avaliar a relação entre a condição de saneamento básico no Brasil e a distribuição de casos de COVID-19 no contexto da pandemia. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Foram utilizados artigos encontrados nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e sciELO, através dos descritores “infecções por coronavírus”, “saneamento básico”. Só foram utilizados artigos com datas de publicação dos anos de 2019 e 2020 e aqueles que entravam nos critérios de inclusão e exclusões já pré-determinados RESULTADOS: Identificou-se um total de 47 artigos a partir do uso dos descritores, nas bases de dados citadas, das quais 25 foram retirados da BVS, 18 do PubMed e 14 da Scielo. Após a eliminação de artigos a partir dos critérios de inclusão e exclusão pré-determinados resultou um total de 11 artigos que foram usados para a confecção deste estudo. Dos quais quatro tinham como objetivo relacionar o baixo índice de saneamento com o possível aumento dos casos de infecção por COVID-19. Quatro propuseram resoluções ou indicações para reduzir a contaminação por SARS-CoV-2 no geral. Dois estudos avaliaram a sobrevida do vírus no trato gastrointestinal e no esgoto. E por fim, um artigo relaciona o aumento da emissão de poluentes com o aumento dos casos de COVID-19. CONCLUSÃO: Pode-se afirmar que a falta de investimentos governamentais em garantir de forma integral o acesso ao saneamento básico e a água tratada vem prejudicando a saúde da população e aumentando consideravelmente a chances de contaminação pelas diferentes vias do vírus responsável pela pandemia de COVID-19.