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A EVOLUÇÃO DA ANOSMIA EM PACIENTES COM COVID-19
A EVOLUÇÃO DA ANOSMIA EM PACIENTES COM COVID-19
Artigo completo:
Introdução: Além dos sintomas clássicos de COVID-19, a anosmia tem sido relatada como possível sintoma e pode ajudar no diagnóstico precoce da doença. A fisiopatologia exata da disfunção olfatória pós-viral ainda não é bem compreendida. Na COVID-19, a enzima conversora de angiotensina 2 foi identificada como receptor funcional de SARS-CoV-2. Como o epitélio respiratório é o local primário do vírus, o neuroepitélio olfatório pode ser afetado. Devido à forte evidência de que a anosmia seja um importante sintoma de COVID-19, a fisiopatologia e o prognóstico dessa deficiência sensorial se tornaram foco de pesquisas. A avaliação objetiva da anosmia em pacientes com COVID-19 é fundamental, além da quantificação da extensão dessa disfunção e do acompanhamento da recuperação ao longo do tempo. Desta forma, este trabalho tem como objetivo avaliar a anosmia como sintoma de COVID-19, além do prognóstico e tempo de recuperação dessa deficiência sensorial.
Metodologia: Revisão narrativa de 16 artigos publicados em 2020, selecionados dentre os 26 artigos encontrados após determinação e pesquisa com descritores nas bases científicas PubMed e Bireme. Resultados e discussão: De acordo com a maioria dos estudos, a anosmia tem alta prevalência, de mais de 50% dos pacientes com COVID-19, sendo mais frequente em pacientes jovens e do sexo feminino, com gravidade da doença de assintomática a leve. A presença do sintoma anosmia se mostrou um sintoma diferencial importante para a suspeita e diagnóstico de COVID-19. A recuperação relativamente rápida e espontânea da maioria dos pacientes em vários estudos, com tempo médio de recuperação de 7 a 15 dias, parece sugerir uma patogênese baseada no epitélio, devido à sua capacidade de restaurar rapidamente suas funções após o dano. No entanto, em alguns pacientes o sintoma pode durar por mais de 1 mês. A gravidade e a recuperação da anosmia não se mostrou correlacionada com a carga viral.
Conclusão: A anosmia, por ser frequentemente relatada, é um dos importantes sintomas para suspeita e diagnóstico de COVID-19, principalmente na fase inicial da doença. A anosmia pode estar associada ou não à ageusia, que é a perda do paladar. Seu tempo médio de resolução espontânea variou de 7 a 15 dias, podendo se prorrogar por mais de 1 mês em alguns casos.
Artigo completo:
Introdução: Além dos sintomas clássicos de COVID-19, a anosmia tem sido relatada como possível sintoma e pode ajudar no diagnóstico precoce da doença. A fisiopatologia exata da disfunção olfatória pós-viral ainda não é bem compreendida. Na COVID-19, a enzima conversora de angiotensina 2 foi identificada como receptor funcional de SARS-CoV-2. Como o epitélio respiratório é o local primário do vírus, o neuroepitélio olfatório pode ser afetado. Devido à forte evidência de que a anosmia seja um importante sintoma de COVID-19, a fisiopatologia e o prognóstico dessa deficiência sensorial se tornaram foco de pesquisas. A avaliação objetiva da anosmia em pacientes com COVID-19 é fundamental, além da quantificação da extensão dessa disfunção e do acompanhamento da recuperação ao longo do tempo. Desta forma, este trabalho tem como objetivo avaliar a anosmia como sintoma de COVID-19, além do prognóstico e tempo de recuperação dessa deficiência sensorial.
Metodologia: Revisão narrativa de 16 artigos publicados em 2020, selecionados dentre os 26 artigos encontrados após determinação e pesquisa com descritores nas bases científicas PubMed e Bireme. Resultados e discussão: De acordo com a maioria dos estudos, a anosmia tem alta prevalência, de mais de 50% dos pacientes com COVID-19, sendo mais frequente em pacientes jovens e do sexo feminino, com gravidade da doença de assintomática a leve. A presença do sintoma anosmia se mostrou um sintoma diferencial importante para a suspeita e diagnóstico de COVID-19. A recuperação relativamente rápida e espontânea da maioria dos pacientes em vários estudos, com tempo médio de recuperação de 7 a 15 dias, parece sugerir uma patogênese baseada no epitélio, devido à sua capacidade de restaurar rapidamente suas funções após o dano. No entanto, em alguns pacientes o sintoma pode durar por mais de 1 mês. A gravidade e a recuperação da anosmia não se mostrou correlacionada com a carga viral.
Conclusão: A anosmia, por ser frequentemente relatada, é um dos importantes sintomas para suspeita e diagnóstico de COVID-19, principalmente na fase inicial da doença. A anosmia pode estar associada ou não à ageusia, que é a perda do paladar. Seu tempo médio de resolução espontânea variou de 7 a 15 dias, podendo se prorrogar por mais de 1 mês em alguns casos.
DOI: 10.5151/comusc2020-01
Referências bibliográficas
Como citar:
Marques, TF; Zacharias, LS ; Mandetta, IF ; Piguin, JVP; Haddad, NFS; Moricz, RD; "A EVOLUÇÃO DA ANOSMIA EM PACIENTES COM COVID-19", p. 01-10 . In: Anais do VIII Congresso Médico Universitário São Camilo.
São Paulo: Blucher,
2020.
ISSN 2357-7282,
DOI 10.5151/comusc2020-01
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