Dezembro 2021 vol. 7 num. 3 - IX Congresso Médico Universitário São Camilo

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A EXPOSIÇÃO AO AÇÚCAR NOS PRIMEIROS 2 ANOS DE VIDA COMO INFLUÊNCIA NO PALADAR DA CRIANÇA

A EXPOSIÇÃO AO AÇÚCAR NOS PRIMEIROS 2 ANOS DE VIDA COMO INFLUÊNCIA NO PALADAR DA CRIANÇA

Camargo, R. M. ; Zacharias, L. S. ; Oliveira, P. S. ; Marques, T. F. ; Danziato, F. F. ; Masquio, D. C. L. ; Tonetto-Fernandes, V. ;

Artigo:

Introdução: A nutrição no início da vida é cada vez mais considerada um importante fator que influencia na saúde ao longo da vida. O alto consumo de açúcar na dieta é amplamente discutido como tendo consequências adversas para a saúde. As preferências alimentares são formadas na infância, e as práticas de alimentação complementar são cruciais para prevenir a obesidade no futuro. Além da exposição precoce a uma variedade de sabores transmitidos via fluido amniótico ou preferências de leite materno e escolhas alimentares, experiências com sabores de alimentos complementares também podem moldar o comportamento alimentar a longo prazo. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da exposição ao açúcar nos primeiros 2 anos de vida no paladar da criança. Metodologia: Revisão narrativa de 5 artigos de pesquisa publicados nos últimos 10 anos, selecionados de 21 artigos obtidos após pesquisa com os descritores “infant”, “complementary feeding”, “flavor perception”, “eating behavior” e “sugar” na base de dados PubMed. Foram excluídos os artigos não pertinentes ao tema. Resultados e Discussão: Os estudos ressaltaram que, visto que os alimentos complementares comerciais da alimentação de bebês podem conter altos níveis de açúcar adicionado, o alto consumo desse tipo de alimentos pode predispor a uma preferência pelo sabor doce no futuro. Além disso, na infância, bebês com alto consumo de alimentação complementar comercial apresentam maiores chances de ter alto consumo de açúcar adicionado. As crianças são predispostas a preferir alimentos com alto teor de energia, açúcar e sal e, em idade pré-escolar, a rejeitar novos alimentos. A literatura sugere que algumas crianças podem exigir estratégias adicionais para aceitar e consumir frutas e vegetais amargos e que a predisposição genética pode ser modificada por exposições repetidas. As habilidades dos pais desempenham um papel fundamental na formação do padrão alimentar emergente da criança, estabelecendo as bases para hábitos alimentares e nutrição futuros. Conclusão: O teor de açúcar adicionado na alimentação complementar na infância representa um fator modificável relevante que molda a preferência doce da pessoa a longo prazo. Portanto, oferecer alimentação complementar caseira ou comercial cuidadosamente escolhida sem adição de açúcar pode ser uma estratégia para reduzir a ingestão de açúcar na infância e posteriormente.

Artigo:

Introdução: A nutrição no início da vida é cada vez mais considerada um importante fator que influencia na saúde ao longo da vida. O alto consumo de açúcar na dieta é amplamente discutido como tendo consequências adversas para a saúde. As preferências alimentares são formadas na infância, e as práticas de alimentação complementar são cruciais para prevenir a obesidade no futuro. Além da exposição precoce a uma variedade de sabores transmitidos via fluido amniótico ou preferências de leite materno e escolhas alimentares, experiências com sabores de alimentos complementares também podem moldar o comportamento alimentar a longo prazo. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da exposição ao açúcar nos primeiros 2 anos de vida no paladar da criança. Metodologia: Revisão narrativa de 5 artigos de pesquisa publicados nos últimos 10 anos, selecionados de 21 artigos obtidos após pesquisa com os descritores “infant”, “complementary feeding”, “flavor perception”, “eating behavior” e “sugar” na base de dados PubMed. Foram excluídos os artigos não pertinentes ao tema. Resultados e Discussão: Os estudos ressaltaram que, visto que os alimentos complementares comerciais da alimentação de bebês podem conter altos níveis de açúcar adicionado, o alto consumo desse tipo de alimentos pode predispor a uma preferência pelo sabor doce no futuro. Além disso, na infância, bebês com alto consumo de alimentação complementar comercial apresentam maiores chances de ter alto consumo de açúcar adicionado. As crianças são predispostas a preferir alimentos com alto teor de energia, açúcar e sal e, em idade pré-escolar, a rejeitar novos alimentos. A literatura sugere que algumas crianças podem exigir estratégias adicionais para aceitar e consumir frutas e vegetais amargos e que a predisposição genética pode ser modificada por exposições repetidas. As habilidades dos pais desempenham um papel fundamental na formação do padrão alimentar emergente da criança, estabelecendo as bases para hábitos alimentares e nutrição futuros. Conclusão: O teor de açúcar adicionado na alimentação complementar na infância representa um fator modificável relevante que molda a preferência doce da pessoa a longo prazo. Portanto, oferecer alimentação complementar caseira ou comercial cuidadosamente escolhida sem adição de açúcar pode ser uma estratégia para reduzir a ingestão de açúcar na infância e posteriormente.

Palavras-chave: Bebês, Alimentação complementar, Percepção de sabor, Comportamento alimentar, Açúcar,

Palavras-chave: Bebês, Alimentação complementar, Percepção de sabor, Comportamento alimentar, Açúcar,

DOI: 10.5151/comusc2021-13

Referências bibliográficas
  • [1] .
Como citar:

Camargo, R. M.; Zacharias, L. S.; Oliveira, P. S.; Marques, T. F.; Danziato, F. F.; Masquio, D. C. L.; Tonetto-Fernandes, V.; "A EXPOSIÇÃO AO AÇÚCAR NOS PRIMEIROS 2 ANOS DE VIDA COMO INFLUÊNCIA NO PALADAR DA CRIANÇA", p. 238-247 . In: Anais do IX Congresso Médico Universitário São Camilo.. São Paulo: Blucher, 2021.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/comusc2021-13

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