Dezembro 2022 vol. 8 num. 1 - X CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

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A INFLUÊNCIA DA MUSICOTERAPIA NAS HABILIDADES SOCIAIS DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

A INFLUÊNCIA DA MUSICOTERAPIA NAS HABILIDADES SOCIAIS DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Shiguemoto, M. T. ; Bordino, G. F. ; Tominaga, L. A. ; Gobbo, L. E. M. ; Rodrigues, G. C. ;

Artigo:

INTRODUÇÃO: O tratamento do transtorno do espectro autista (TEA), determinado individualmente, pode incluir intervenções psicossociais educacionais e, em algumas situações específicas, intervenções psicofarmacológicas. As primeiras têm como objetivo minimizar comportamentos mal adaptativos e melhorar as habilidades sociais, sendo a musicoterapia um exemplo desse tipo de terapia ao utilizar a música no auxílio do reestabelecimento das funções do indivíduo e, assim, alcançar uma melhora da qualidade de vida. OBJETIVOS: Esta revisão teve como objetivo analisar se a intervenção com MT em crianças autistas apresenta desfechos clínicos benéficos em habilidades sociais. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa com os descritores “Autism Spectrum Disorders" e "Music Therapy”. A busca foi realizada no PubMed e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) durante o mês de julho de 2022. Os critérios de inclusão foram ensaios clínicos controlados e randomizados (ECCR) publicados nos últimos 5 anos. Inicialmente foram identificados 127 estudos que, após análise dos títulos, resumo e texto integral, excluiu-se artigos por duplicação e que não contemplavam o tema e os critérios de inclusão propostos, totalizando cinco artigos para essa revisão. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Esta revisão foi composta por cinco ensaios clínicos que compararam dois grupos, um com e outro sem musicoterapia em crianças com TEA. Destes, três encontraram resultados a favor do uso da prática, enquanto dois não obtiveram essa diferença entre os grupos. Entre os estudos que apresentaram resultados positivos, Sharda et al. (2018) avaliaram a comunicação social por meio do “Children’s Communication Checklist" que revelou, pós-intervenção, diferença média maior no grupo intervenção, demonstrando melhora nessa habilidade. Além disso, Caharta et al. (2021) utilizaram as escalas “Social Skills Improvement System” (SSIS) e “Repetitive Behavior Scale-Revised” para analisar um grupo intervenção com aulas de tambor, que teve uma diminuição relevante estatisticamente da hiperatividade e desatenção. Já Pasiali e Clarcke (2018), utilizaram os questionários “Home & Community Social Behavioral Scale” e SSIS, em que o primeiro não encontrou alterações significativas, ao passo que, o segundo sim, ao obter melhora na comunicação e redução da hiperatividade/desatenção. Em contrapartida, Bieleninik et al. (2017) não obtiveram resultados satisfatórios à MT ao utilizar o Protocolo de Observação para o Diagnóstico de Autismo (ADOS), pois a diferença média, MT versus cuidados padrão, não foi significante. Por fim, Crawford et al. (2018) utilizaram os questionários ADOS e Social Responsiveness Scale e, embora melhorias no afeto social tenham sido observadas, a mudança foi semelhante entre os dois grupos e o escore de responsividade social avaliado pelos pais também melhorou, mas não de maneira expressiva. CONCLUSÃO: Esta revisão sugere que a MT pode ser uma ferramenta complementar ao tratamento do TEA. Apesar de alguns estudos não evidenciarem resultados de significância estatística, a melhora de sintomas esteve presente em todos os estudos. No entanto, são necessários mais ensaios clínicos para definir melhor a força do efeito dessa melhora de sintomas.

Artigo:

INTRODUÇÃO: O tratamento do transtorno do espectro autista (TEA), determinado individualmente, pode incluir intervenções psicossociais educacionais e, em algumas situações específicas, intervenções psicofarmacológicas. As primeiras têm como objetivo minimizar comportamentos mal adaptativos e melhorar as habilidades sociais, sendo a musicoterapia um exemplo desse tipo de terapia ao utilizar a música no auxílio do reestabelecimento das funções do indivíduo e, assim, alcançar uma melhora da qualidade de vida. OBJETIVOS: Esta revisão teve como objetivo analisar se a intervenção com MT em crianças autistas apresenta desfechos clínicos benéficos em habilidades sociais. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa com os descritores “Autism Spectrum Disorders" e "Music Therapy”. A busca foi realizada no PubMed e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) durante o mês de julho de 2022. Os critérios de inclusão foram ensaios clínicos controlados e randomizados (ECCR) publicados nos últimos 5 anos. Inicialmente foram identificados 127 estudos que, após análise dos títulos, resumo e texto integral, excluiu-se artigos por duplicação e que não contemplavam o tema e os critérios de inclusão propostos, totalizando cinco artigos para essa revisão. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Esta revisão foi composta por cinco ensaios clínicos que compararam dois grupos, um com e outro sem musicoterapia em crianças com TEA. Destes, três encontraram resultados a favor do uso da prática, enquanto dois não obtiveram essa diferença entre os grupos. Entre os estudos que apresentaram resultados positivos, Sharda et al. (2018) avaliaram a comunicação social por meio do “Children’s Communication Checklist" que revelou, pós-intervenção, diferença média maior no grupo intervenção, demonstrando melhora nessa habilidade. Além disso, Caharta et al. (2021) utilizaram as escalas “Social Skills Improvement System” (SSIS) e “Repetitive Behavior Scale-Revised” para analisar um grupo intervenção com aulas de tambor, que teve uma diminuição relevante estatisticamente da hiperatividade e desatenção. Já Pasiali e Clarcke (2018), utilizaram os questionários “Home & Community Social Behavioral Scale” e SSIS, em que o primeiro não encontrou alterações significativas, ao passo que, o segundo sim, ao obter melhora na comunicação e redução da hiperatividade/desatenção. Em contrapartida, Bieleninik et al. (2017) não obtiveram resultados satisfatórios à MT ao utilizar o Protocolo de Observação para o Diagnóstico de Autismo (ADOS), pois a diferença média, MT versus cuidados padrão, não foi significante. Por fim, Crawford et al. (2018) utilizaram os questionários ADOS e Social Responsiveness Scale e, embora melhorias no afeto social tenham sido observadas, a mudança foi semelhante entre os dois grupos e o escore de responsividade social avaliado pelos pais também melhorou, mas não de maneira expressiva. CONCLUSÃO: Esta revisão sugere que a MT pode ser uma ferramenta complementar ao tratamento do TEA. Apesar de alguns estudos não evidenciarem resultados de significância estatística, a melhora de sintomas esteve presente em todos os estudos. No entanto, são necessários mais ensaios clínicos para definir melhor a força do efeito dessa melhora de sintomas.

Palavras-chave: Transtorno do espectro autista; Musicoterapia,

Palavras-chave: Transtorno do espectro autista; Musicoterapia,

DOI: 10.5151/xcomusc-04

Referências bibliográficas
  • [1] -
Como citar:

Shiguemoto, M. T.; Bordino, G. F.; Tominaga, L. A.; Gobbo, L. E. M.; Rodrigues, G. C.; "A INFLUÊNCIA DA MUSICOTERAPIA NAS HABILIDADES SOCIAIS DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA", p. 44-55 . In: Anais do X Congresso Médico Universitário São Camilo. São Paulo: Blucher, 2022.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/xcomusc-04

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