Trabalho Epidemiológico:

"INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença infecto-contagiosa crônica, causada pelabactéria _Treponema pallidum_, transmitida sexualmente (sífilis adquirida) ouverticalmente (sífilis congênita), tratada com antibiótico à base depenicilina. A dificuldade de erradicação da doença tem apresentado um problemade saúde pública para o país, visto que o número dessa doença vem aumentandosubstancialmente nos últimos anos. Dessa forma, é imprescindível diagnosticaros doentes precocemente para, além de tratá-los, interromper a transmissão eprevenir novos contágios. OBJETIVO: Discutir a realidade da sífilis no país edebater justificativas para o seu aumento nos últimos anos. METODOLOGIA:Trata-se de um estudo epidemiológico do número de casos e óbitos de sífilis noBrasil, no período de 2010 a 2018, realizado através de consulta ao DATASUS.Artigos da mesma temática também foram utilizados para a comparação com osdados obtidos. Os aspectos críticos para a seleção dos artigos foram:trabalhos escritos em português, publicados entre 2012 e 2018 nas plataformasScielo e PubMed por meio de descritores em ciências da saúde padronizados pelaBIREME: sífilis, mortalidade e epidemiologia. RESULTADOS: O aumento do númerode casos de sífilis no país advém, principalmente, da prática sexualdesprotegida, o que é preocupante, uma vez que o preservativo é o único métodocontraceptivo capaz de prevenir as IST’s. Observou-se, no ano de 2010, umtotal de 121 óbitos por sífilis no país, enquanto em 2016, foram registrados246 óbitos. Além disso, o número de internações causadas pela doença em 2010foram 4.714, enquanto em 2018 foram 20.468 internações. Outro aspecto a serconsiderado é o acesso à atenção básica de saúde que, em algumas regiões doBrasil, ainda é escasso, o que impossibilita o diagnóstico precoce da doençaou, ainda, possui deficiências no atendimento à saúde da mulher, na qualocorrem os casos de sífilis congênita. CONCLUSÃO: O estudo mostra que asífilis está longe de ser erradicada no país, já que o aumento exponencial donúmero de casos e, consequentemente, de óbitos por sífilis é crítico. Assim,ações de orientação sexual para uso de preservativos deve ser aplicada em todoo âmbito social, além de influenciar um planejamento familiar. Soma-se a issoa necessidade de implantar mais Unidades Básicas de Saúde no país,preferencialmente nas áreas que possuem pouco acesso à saúde."