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A presente pesquisa, iniciada em 2022, tem como objetivo investigar, a partir de uma abordagem histórica, os fatores relevantes para a criação do Prêmio Design MCB, sua consolidação e sua continuidade até 2021. O estudo tem natureza qualitativa e exploratória, adotando a abordagem da Micro-história (Barros, 2007; Levi, 1992) como método para a construção e delimitação dos recortes temporais e sociais da pesquisa, utilizando-se de uma minuciosa exploração de fontes primárias que auxilie a identificar peculiaridades do objeto de estudo e entendê-lo por meio de relações com contextos mais amplos. Para a realização e registro das entrevistas, bem como para o tratamento da memória e a garantia dos procedimentos éticos na coleta e divulgação das informações compartilhadas pelos entrevistados, utiliza-se a metodologia da História Oral (Alberti, 2013; Neves, 2003). Recorre-se ao testemunho de diversos atores sociais envolvidos na premiação ao longo de sua trajetória, por meio de entrevistas semiestruturadas. Tais entrevistas são cuidadosamente embasadas no exame intensivo de documentos produzidos pela instituição, entendidos aqui como fontes primárias. Ao analisar informações contidas em documentos, sejam eles manuscritos ou impressos, é importante considerar as recomendações de Cellard (2012). Estas orientações visam compreender vários aspectos, tais como: o contexto em que o documento foi criado; os autores e as suas motivações para a redação; a autenticidade e a confiabilidade do texto; a natureza do documento e o seu contexto; e os conceitos-chave presentes no documento, bem como a lógica interna do texto. Foram elencados onze marcos de mudança na trajetória do Prêmio Design MCB que norteiam a investigação, a saber: 1) a inclusão do segmento de escritórios, em 1987; 2) o surgimento das modalidades de Projeto e Objeto, entre 1988 e 1990; 3) a criação da categoria Equipamentos de construção, em 1993; 4) a criação da categoria Têxteis e revestimentos, em 1993; 5) a criação da categoria Iluminação, em 1995; 6) a criação da categoria Equipamentos eletroeletrônicos, em 1995; 7) a criação da categoria Ensaios críticos, em 1996; 8) a criação de uma categoria específica para Protótipos, em 1998 e 1999, e a inclusão da modalidade para protótipos, a partir dos anos 2000; 9) a alteração da categoria Mobiliário residencial para Mobiliário, em 2003; 10) o surgimento da categoria Novas idéias/conceitos, entre 2004 e 2007; 11) a criação da categoria Equipamentos de transporte, em 2008. A partir destes 11 marcos, pretende-se compreender se as causas e finalidades destas mudanças estão relacionadas a necessidades de adaptação do prêmio às demandas do campo do design ou de setores de produção de bens. Ao final da pesquisa, espera-se apresentar indicadores que contribuam para a continuidade do Prêmio Design MCB nos próximos anos.