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Acolhimento como Prática Humanizada no Caps: Relato de Experiência

Monteiro, Rosana Juliet Silva ; Gaião, Barbara Katiene Magno ; Oliveira, Aline Santos de ; Câmara, Sarah Buarque ; Santos, Débora Danielle A. dos ; Barro, Romina Maria Guimarães de ; Rosas, Marina Araújo ;

Resumo:

INTRODUÇÃO: o acolhimento é estimado como uma das diretrizes de maior relevância na política de humanização do Sistema Único de Saúde (SUS). Compreendido como uma postura de receber, escutar e tratar de forma qualificada e humanizada o usuário e suas demandas, é considerado um instrumento importante na construção de vínculo, além de assegurar, nos serviços de saúde, acesso com responsabilização e resolutividade. Os princípios ligados ao acolhimento podem inclusive contribuir para produção de saúde no campo de saúde mental. Nesse sentido, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), serviço destinado ao cuidado de pessoas com transtornos mentais graves e severos, também se inclui na proposta de desenvolver ações humanizadas e acolher os indivíduos de forma a promover um ambiente terapêutico e acolhedor que possa melhorar a qualidade da assistência, favorecendo a relação do usuário/trabalhador e ampliando a intervenção. OBJETIVO: relatar uma experiência vivenciada no estágio na área de saúde mental e discutir a importância do acolhimento como prática humanizada nesse campo. METODOLOGIA: trata-se de um relato de experiência de práticas de acolhimento (ações no território- resgate) realizadas por estagiária de Terapia Ocupacional e Profissionais de saúde do CAPS III (transtorno, adulto) do distrito sanitário V do município de Recife que aconteceram uma vez por semana no período de dezembro de 2013 a janeiro de 2014. RESULTADOS: a forma de acolhimento do CAPS nas ações do território favoreceu a construção de uma relação de confiança no primeiro contato entre o profissional e o usuário, permitindo uma intervenção terapêutica eficiente e voltada para a singularidade do sujeito/família/comunidade. Essa postura diferenciada contribuiu positivamente na inclusão dos indivíduos que foram assistidos por essas ações no serviço, estreitando o vínculo entre profissional e usuário e promoveu uma maior apropriação dos sujeitos que se encontravam em sofrimento psíquico da sua condição de saúde, favorecendo consideravelmente a adesão dos mesmos ao tratamento. Se os serviços de saúde mental qualificarem e humanizarem o atendimento, construindo em equipe, uma assistência centrada no usuário em sofrimento psíquico, o ato de acolher irá se consolidar também em um ato importante de cuidado. e assim, sentindo-se cuidado, o usuário terá mais condições de se responsabilizar e protagonizar toda sua trajetória de tratamento. CONCLUSÃO: o acolhimento apresentou-se nas ações territoriais do CAPS como um propulsor de um modelo de atenção à saúde centrada no atendimento integral do sujeito possibilitando a experiência de relações mais humanizadas entre usuários e trabalhadores. Além disso, ressalta-se que executar essas concepções de acolhimento requer, impreterivelmente, uma atitude de mudança por parte das equipes no seu fazer em saúde, implicando em produzir novas práticas.

Resumo:

Palavras-chave:

DOI: 10.5151/medpro-cihhs-10786

Referências bibliográficas
Como citar:

Monteiro, Rosana Juliet Silva; Gaião, Barbara Katiene Magno; Oliveira, Aline Santos de; Câmara, Sarah Buarque; Santos, Débora Danielle A. dos; Barro, Romina Maria Guimarães de; Rosas, Marina Araújo; "Acolhimento como Prática Humanizada no Caps: Relato de Experiência", p. 343 . In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, vol.1, num.2]. São Paulo: Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/medpro-cihhs-10786

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