Outubro 2021 vol. 7 num. 2 - IV Congresso de Escolas Médicas

Trabalho Epidemiológico - Open Access.

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Aglomerados de municípios com alto risco para Sífilis Congênita no Brasil, um comparativo entre 2001 e 2017.

Aglomerados de municípios com alto risco para Sífilis Congênita no Brasil, um comparativo entre 2001 e 2017.

Rodrigues, Roberta Luiza ; Chaves , Vinícius Barros ; Oliveira , Vinícius da Silva ; Assis, Flaviane Marques de ; Santos , Thiago Soares dos ;

Trabalho Epidemiológico:

"INTRODUÇÃO: Sífilis congênita (SC) é uma doença infecciosa, causada pelatransmissão vertical do Treponema pallidum. Segundo o Sistema Nacional deInformação de Agravos de Notificação (SINAN), de 1998 a 2018 notificaram-se188445 casos e, até 2017, 2318 óbitos, revelando sua importância comunitária.Prevalece um desconhecimento da distribuição espaço-temporal e das causas dadoença no país, dificultando abordagem integral e efetiva. OBJETIVOS: Avaliara presença de aglomerados de municípios (clusters) com alto risco para SC noBrasil. MÉTODOS: É um estudo ecológico visando identificar clusters com altorisco de desenvolvimento de SC no Brasil, comparando a incidência em 2001 e2017. Utilizou-se o SINAN para obtenção dos dados. A população de NascidosVivos (NV) foi obtida no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, dadosdisponíveis no DATASUS. Aplicou-se estatística de varredura Kulldorff napopulação sob risco. Raio de 300 quilômetros e 50% da população sob risco deSC definiu cada aglomerado. A significância estatística foi dada pelo loglikelihood ratio test statistics no método de Distribuição Discreta dePoisson. RESULTADOS: Em 2001, notificou-se 3865 casos de SC, dos quais 2810realizaram consultas pré-natais e 656 não. Houve uma média anual de 11.55casos/10000NV, com 18 clusters de alto risco identificados, nos quais adetecção foi 8 vezes maior, cujas taxas variaram de 23.3 a 101.5casos/10000NV. O principal aglomerado foi no Sudeste (RJ), com taxa de 56.83casos/10000NV. Em 2017, foram notificados 24623 casos, 20159 realizaram pré-natal e 3210 não. Identificou-se média de 80,4 casos/10000NV e 30 clusters,com detecção 2.5 vezes maior da doença. A incidência variou nestes entre 113.4e 462.9 casos/10000NV. O principal cluster estava localizado no Sudeste (RJ),com taxa de 253 casos/10000NV. CONCLUSÃO: Sífilis é de fácil diagnóstico etratamento, tornando sua forma congênita entidade de profilaxia simples,dependente de assistência pré-natal adequada e relacionada ao contextosocioeconômico e demográfico. Baixa cobertura, alta frequência no diagnósticotardio e não tratamento dos parceiros sexuais contribuem para a transmissãovertical. O aumento do número de clusters para SC em diversas regiões do paísconforme os anos indica falhas de abordagem, sendo crucial fortalecer atençãobásica, preparar profissionais para ações efetivas, aperfeiçoar qualidade dopré-natal e incluir parceiros neste cenário para melhorar o quadroepidemiológico da SC."

Trabalho Epidemiológico:

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Palavras-chave: _,

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DOI: 10.5151/cesmed2019-8

Referências bibliográficas
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Como citar:

Rodrigues, Roberta Luiza; Chaves , Vinícius Barros; Oliveira , Vinícius da Silva ; Assis, Flaviane Marques de; Santos , Thiago Soares dos ; "Aglomerados de municípios com alto risco para Sífilis Congênita no Brasil, um comparativo entre 2001 e 2017.", p. 30-37 . In: Anais do V Congresso de Escolas Médicas. São Paulo: Blucher, 2021.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/cesmed2019-8

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