Trabalho Epidemiológico:

**INTRODUÇÃO:** O câncer de cólon e reto é uma condição patológica de grande morbimortalidade está muito relacionada com a alta realização de estomia, a qual é, em sua maioria, definitiva. Esse é um procedimento cirúrgico que desvia o trânsito intestinal para uma bolsa extracorpórea, de modo que a consistência fecal se altera de acordo com a altura do trato intestinal em que é colocada. Assim, pacientes estomizados sofrem também no âmbito psicossocial, de modo que os cuidados paliativos promovidos pela equipe multidisciplinar de saúde, assegurados pela Política Nacional de Atenção Oncológica do Sistema Único de Saúde, como forma de garantir a qualidade de vida, bem-estar e conforto desses indivíduos são essenciais.**OBJETIVO**:Analisar a qualidade de vida de pacientes estomizados e a mortalidade dos pacientes com câncer de cólon e reto no Brasil. **METODOLOGIA:**Este é um estudo epidemiológico ecológico qualitativo, realizado através de dados do Atlas de Mortalidade por Câncer - INCA e Sistema de Informação de Mortalidade. Selecionou-se: ano (2009 a 2018), localidade (regiões brasileiras), ambos os sexos e Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (C18 e C20) para localização primária do tumor. **RESULTADOS:**A respeito da mortalidade, em todas as regiões, as porcentagens aumentaram entre 2014 a 2018 quando comparadas com o período de 2009 a 2013. Nesse cenário, a região Sul registrou o maior aumento de mortes por Câncer de cólon, indo de 5,29% para 5,82%, mas não ultrapassou a região Sudeste, que apresentou 6,21% de 2014 a 2018, sendo a pior porcentagem registrada nos anos analisados. Já a região Nordeste manteve-se com os menores índices, apesar de ter passado por um aumento considerável: 2,72% e 3,22% para 2009-2013 e 2014-2018, respectivamente. As taxas para o Câncer retal são menores, e a região Centro-Oeste teve o menor aumento, de 2,30% para 2,44%, mas ainda ficou atrás da região Nordeste, a qual teve o menor índice de mortes: 1,71 (2009-2013) e 1,9 (2014-2018). A estomia faz com que o indivíduo e seus familiares precisem se readaptar à nova rotina, pois a maioria dos hábitos cotidianos precisa ser repensada para esses pacientes, pois as escolhas da alimentação e de quais roupas usar se tornam grandes desafios.**CONCLUSÕES:**Assim, o acesso à uma equipe multidisciplinar que promova a melhora da qualidade de vida desses pacientes é essencial para a manutenção da dignidade desses indivíduos para a reinserção ao seu meio social.