Dezembro 2014 vol. 1 num. 5 - II Congresso Brasileiro de Medicina Hospitalar

Resumo - Open Access.

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Análise Da Taxa De Mortalidade Hospitalar Em Um Hospital Público Universitário Com A Complexidade Hospitalar Em Relação Às Regiões Do Brasil

Valente, A.P. ; Toralles, E.K. ; Butzke, B.L. ; Jiménez, L.F. ; Cittolin-Santos, G.F. ; Marimon, M.M. ; Kluck, M.M. ;

Resumo:

Cada vez um número maior de pacientes necessita de internação em hospitais terciários. Este fato se deve a diversos fatores, incluindo o maior acesso da população ao sistema de saúde, o avanço no manejo das doenças crônicas, com o consequente aumento na sobrevida desses pacientes e a disponibilização de tratamentos multimodais agressivos, com potenciais complicações que necessitam monitoração ou manejo hospitalar. Paralelamente, avanços nos cuidados resultaram em melhorias substanciais na sobrevida de pacientes com doenças e complicações críticas variadas. Métodos: Comparamos as taxas de mortalidade e de letalidade hospitalar por capítulo do CID- 10 entre o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), conforme registrado em prontuário eletrônico, e os hospitais de média e baixa complexidade, analisando o uso da mortalidade hospitalar como indicador de qualidade assistencial. Foram utilizados os dados da região sul e da região nordeste, sendo equivalentes, respectivamente, a um hospital de média e de baixa complexidade. Os dados do HCPA foram obtidos do Sistema de Informações Gerenciais (IG) do hospital, e as informações referentes aos demais foram retiradas do DATASUS. Resultados: As taxas de mortalidade hospitalar no ano de 2013 foram de 4,7% no HCPA, 4,2% na região sul e 3,3% na região nordeste. O HCPA apresentou maiores taxas de letalidade em doenças graves, como neoplasias, que são a maior causa isolada de óbito no HCPA, representando 12,1%, ao passo que na região sul estão em segundo lugar, representando 8,3%, e no nordeste estão em quarto lugar, representando apenas 6,1%. Quanto às doenças do aparelho circulatório, a taxa de letalidade foi de 6,8% no HCPA, 6,6% na região sul e 8,1% na região nordeste, enquanto a letalidade por gravidez, parto e puerpério foi a menor causa entre os 3 grupos analisados, sendo 0,01%, 0,01% e 0,03% respectivamente. Conclusão: O HCPA é uma referência em tratamento oncológico, o que explica a maior letalidade por neoplasia no HCPA em comparação às regiões sul e nordeste. Já a baixa letalidade por gravidez, parto e puerpério está em concordância com as taxas encontradas nas demais regiões e em países em desenvolvimento. Além da qualidade assistencial, outras variáveis que influenciam as taxas de mortalidade hospitalar devem ser analisadas em conjunto. A gravidade dos pacientes internados está diretamente relacionada a complexidade hospital, podendo gerar maiores taxas de letalidade intra-hospitalar.

Resumo:

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DOI: 10.5151/medpro-II-cbmh-020

Referências bibliográficas
Como citar:

Valente, A.P.; Toralles, E.K.; Butzke, B.L.; Jiménez, L.F.; Cittolin-Santos, G.F.; Marimon, M.M.; Kluck, M.M.; "Análise Da Taxa De Mortalidade Hospitalar Em Um Hospital Público Universitário Com A Complexidade Hospitalar Em Relação Às Regiões Do Brasil", p. 28 . In: . São Paulo: Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/medpro-II-cbmh-020

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