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Bioprospecção significa explorar a biodiversidade e obter recursos genéticos para fins comerciais e desenvolvimento tecnológico. Assim, objetivou-se analisar a temperatura de crescimento dos fungos filamentosos coletados de um lixão desativado na UFVJM, Diamantina, Minas Gerais. Diversas amostras foram coletadas, tais como solo, folhas em estágio de decomposição, sementes, entre outras, de distintas localidades de Minas Gerais como Janaúba, Jaíba, Diamantina, sendo isolados cerca de cem fungos. Dentre esses, determinou-se a melhor temperatura de crescimento de vinte e nove fungos isolados de um lixão desativado localizado na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri campus JK, Diamantina, em meio de cultivo sólido contendo 4% (m/v) de aveia Quaker® e 2% (m/v) de ágar, sendo mantidos por 48 horas nas temperaturas de 30ºC, 35ºC, 40ºC e 45ºC. Realizou-se, então, a medição do raio das colônias para determinar a taxa de crescimento em centímetros por hora (cm.h-1). Observou-se que a maioria dos fungos em estudo apresentaram características mesofílicas, ou seja, a melhor taxa de crescimento foi entre 30ºC e 35°C, dos quais vinte e um cresceram melhor à 30°C, e seis à 35°C. Vale citar que, apenas um dos fungos analisados apresentou melhor crescimento à 40°C, identificado como C121, caracterizando-se como fungo termofílico. Conclui-se, então, que o meio inóspito de um lixão pode apresentar variabilidade de micro-organismos.