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No Brasil, a sífilis gestacional é um grande problema de saúde pública, apesar de ser do tratamento efetivo com baixo custo. O aumento de casos desafia o sistema de saúde em âmbitos logísticos, operacionais e de qualificação das equipes de cuidados e vigilância. Buscamos apresentar a tendência em 10 anos dos casos da sífilis gestacional no município de São Paulo correlacionando com os desafios dos profissionais, serviços e controle de casos em companheiros. Trata-se de uma revisão com análise de séries temporais do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e dos registros do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids. As bases de dados utilizadas para pesquisa foram a BVS, PubMed e Scielo. O aumento anual da taxa de detecção de sífilis gestacional sugere uma boa cobertura de testagem durante o pré-natal. Apesar disso, esses dados encobrem os diagnósticos nos homens que estão aquém do necessário para o controle da transmissão. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde baseada nos registros do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (1998 e 2008), mesmo após a detecção da doença pela parceira, em apenas 12,7% dos registros os pais ou os parceiros sexuais procuraram tratamento adequado para a doença. É necessário expandir a detecção e tratamento adequado da sífilis durante a gestação. É fundamental ampliar essas ações para o público masculino que não tem uma correta avaliação da magnitude dessa epidemia. Os esforços de controle da sífilis gestacional afirmam que abordagens de vigilância focadas no gênero podem contribuir para a redução da magnitude do problema.