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Justificativa

A anemia no período fetale neonatal determina consequências significativas de curto e longo prazo,principalmente ao crescimento e neurodesenvolvimento infantil.

Objetivo(s)

Identificar fatoresmaternos e neonatais associados à anemia do recém-nascido (RN).

Método(s)

Estudo quantitativo,transversal, realizado numa maternidade em São Carlos-SP, aprovado pelo Comitêde Ética (Nº 152.458-2). Realizada dosagem do hematócrito do cordão umbilicaldos RN e consultadas variáveis em prontuário e entrevista com as puérperas.Para as análises de correlação utilizou-se o teste de Spearman, com p<0,05de significância estatística.

Resultado(s)

Dentre 583 RN, 150 (25,7%)apresentaram anemia ao nascer (hematócrito <42%). Destes 150 RN, 2 (1,3%)tiveram peso ao nascer <2500g, 8 (5,3%) eram pequenos para a idadegestacional (Intergrowth-21) e 1 (0,7%) era prematuro tardio. Dos dadosmaternos, 64 puérperas possuíam fatores de risco para restrição de crescimentointra-uterino: 5 (3,3%) eram portadoras de diabetes; 5 (3,3%) de hipertensãoarterial; 23 (15,3%) de anemia; 12 (8,0%) de hipotireoidismo; 9 (6,0%) eramtabagistas e 20 (13,3%) fumantes passivas, 6 mulheres (4,0%) consumiam bebidaalcóolica (T-ACE positivo). Anemia ao nascer apresentou correlaçãosignificativa apenas com anemia materna (p<0,05).

Conclusão(ões)

Prevenção e tratamento daanemia gestacional podem contribuir significativamente para a redução da anemiado RN. Embora todas as mães deste estudo estivessem inseridas no programa desuplementação de ferro, essa não foi suficiente para a prevenção de 25,7% decasos de anemia neonatal. Mais estudos são necessários para analisar aefetividade desta suplementação na profilaxia da anemia do RN e fundamentarmedidas que incrementem efetividade na prevenção da anemia fetal/neonatal.