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A carência de microrganismos capazes de fermentar xilose e celobiose e de tolerar inibidores ácidos carboxílicos (ácido acético e ácido fórmico), dificulta a produção de etanol 2G. Visando encontrar uma levedura tolerante aos inibidores mencionados e eficiente na fermentação de glicose, xilose e celobiose, a cepa selvagem Candida pseudointermedia UFFS-CE-3.6 teve seus perfis de crescimento celular, consumo de açúcares e produção de etanol avaliados em diferentes meios de cultura. Os resultados obtidos demonstram que a levedura logrou êxito com crescimento nos três carboidratos, no entanto, obteve expressiva produção de etanol apenas na presença da hexose. O consumo de celobiose foi o mais afetado pelos inibidores, de modo que as células não foram capazes de crescer nessa fonte de carbono diante da concentração intermediária dos ácidos a que foram submetidas as células (1,8 g L-1 de ácido acético e 0,3 g L-1 de ácido fórmico). Em contrapartida, em glicose e xilose as células só foram completamente inibidas nas concentrações mais altas dos dois inibidores (3,6 g L-1 e 0,6 g L-1 de ácido acético e ácido fórmico, respectivamente). De todo modo, o aumento gradual dos inibidores sempre retardou o início do consumo de açúcares e estendeu a fase lag para os crescimentos celulares. Assim, este estudo demonstra que a espécie avaliada possui grau intermediário de tolerância a inibidores, porém dispõe de todas as enzimas necessárias para garantir o metabolismo de xilose e celobiose.