Dezembro 2022 vol. 8 num. 1 - X CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO
Artigo - Open Access.
ANÁLISE DOS ÍNDICES DE CURETAGEM PÓS-ABORTAMENTO EM HOSPITAL GERAL DE SÃO PAULO: ESTUDO TRANSVERSAL DESCRITIVO
ANÁLISE DOS ÍNDICES DE CURETAGEM PÓS-ABORTAMENTO EM HOSPITAL GERAL DE SÃO PAULO: ESTUDO TRANSVERSAL DESCRITIVO
Rodrigues, GG ; De Paula, RS ; De Almeida, PG ;
Artigo:
INTRODUÇÃO: O abortamento é definido pela interrupção da gestação abaixo de 20 a 22 semanas de idade gestacional (IG), a depender da literatura de base, com produto conceptual pesando até 500 gramas. Segundo o Ministério da Saúde (MS), é a intercorrência obstétrica mais comum, além de ser um problema de saúde pública que afeta majoritariamente países em desenvolvimento. O abortamento pode evoluir com expulsão espontânea e completa do produto conceptual ou necessitar de intervenções médicas, como Aspiração Manual Intrauterina (AMIU) ou Curetagem Uterina, sendo a primeira mais indicada nos abortamentos precoces com idade gestacional abaixo de 12 semanas. OBJETIVO: Avaliar o índice de curetagem pós-abortamento na população estudada atendida no Hospital Geral de Carapicuíba, hospital este da região metropolitana do estado de São Paulo. METODOLOGIA: Análise transversal e descritiva dos prontuários de 275 pacientes em idade fértil submetidas à AMIU ou Curetagem Uterina Pós-Abortamento, de janeiro a dezembro de 2021, no Hospital Geral de Carapicuíba. Foram analisados os seguintes dados: idade materna, paridade, idade gestacional, comorbidades prévias, possíveis causas do abortamento, tipo de procedimento realizado e se houve ou não complicações pós-curetagem. As variáveis foram expressas em valores absolutos e percentuais. RESULTADOS: A idade materna da população amostral variou, principalmente, entre 18 e 40 anos, com predomínio de abortamentos até 34 anos de idade. Em relação à paridade, 76,3% das mulheres eram multigestas e 66,1% nunca haviam abortado previamente. Notou-se o predomínio do abortamento precoce (58%) na população estudada e de mulheres sem comorbidades prévias (73%). Não houve forte correlação entre comorbidades maternas e abortamento tardio. A intervenção médica mais utilizada para a retirada completa do produto conceptual foi a curetagem uterina (99%) em detrimento à AMIU (1%). Apenas 5% das mulheres submetidas à curetagem ou à AMIU apresentaram complicações após o procedimento, sendo a principal a anemia por perdas sanguíneas. CONCLUSÃO: Corroborando com a literatura, o abortamento precoce, ou seja, antes de 12 semanas de idade gestacional, mostrou-se o mais prevalente na população estudada, assim como o predomínio de abortamentos em multíparas. Apesar das recomendações da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) a se realizar AMIU para abortamentos precoces, por reduzir riscos tais como perfuração uterina, o Sistema Único de Saúde (SUS), em sua maioria, realiza a curetagem uterina para tratamento de abortamentos precoces. Além disso, nota-se que a tendência de ocorrer complicações póscuretagem é baixa, porém não nulas. Sendo assim, a elaboração de protocolos institucionais reduziria as taxas de curetagem e os riscos maternos.
Artigo:
INTRODUÇÃO: O abortamento é definido pela interrupção da gestação abaixo de 20 a 22 semanas de idade gestacional (IG), a depender da literatura de base, com produto conceptual pesando até 500 gramas. Segundo o Ministério da Saúde (MS), é a intercorrência obstétrica mais comum, além de ser um problema de saúde pública que afeta majoritariamente países em desenvolvimento. O abortamento pode evoluir com expulsão espontânea e completa do produto conceptual ou necessitar de intervenções médicas, como Aspiração Manual Intrauterina (AMIU) ou Curetagem Uterina, sendo a primeira mais indicada nos abortamentos precoces com idade gestacional abaixo de 12 semanas. OBJETIVO: Avaliar o índice de curetagem pós-abortamento na população estudada atendida no Hospital Geral de Carapicuíba, hospital este da região metropolitana do estado de São Paulo. METODOLOGIA: Análise transversal e descritiva dos prontuários de 275 pacientes em idade fértil submetidas à AMIU ou Curetagem Uterina Pós-Abortamento, de janeiro a dezembro de 2021, no Hospital Geral de Carapicuíba. Foram analisados os seguintes dados: idade materna, paridade, idade gestacional, comorbidades prévias, possíveis causas do abortamento, tipo de procedimento realizado e se houve ou não complicações pós-curetagem. As variáveis foram expressas em valores absolutos e percentuais. RESULTADOS: A idade materna da população amostral variou, principalmente, entre 18 e 40 anos, com predomínio de abortamentos até 34 anos de idade. Em relação à paridade, 76,3% das mulheres eram multigestas e 66,1% nunca haviam abortado previamente. Notou-se o predomínio do abortamento precoce (58%) na população estudada e de mulheres sem comorbidades prévias (73%). Não houve forte correlação entre comorbidades maternas e abortamento tardio. A intervenção médica mais utilizada para a retirada completa do produto conceptual foi a curetagem uterina (99%) em detrimento à AMIU (1%). Apenas 5% das mulheres submetidas à curetagem ou à AMIU apresentaram complicações após o procedimento, sendo a principal a anemia por perdas sanguíneas. CONCLUSÃO: Corroborando com a literatura, o abortamento precoce, ou seja, antes de 12 semanas de idade gestacional, mostrou-se o mais prevalente na população estudada, assim como o predomínio de abortamentos em multíparas. Apesar das recomendações da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) a se realizar AMIU para abortamentos precoces, por reduzir riscos tais como perfuração uterina, o Sistema Único de Saúde (SUS), em sua maioria, realiza a curetagem uterina para tratamento de abortamentos precoces. Além disso, nota-se que a tendência de ocorrer complicações póscuretagem é baixa, porém não nulas. Sendo assim, a elaboração de protocolos institucionais reduziria as taxas de curetagem e os riscos maternos.
Palavras-chave: Gravidez, Curetagem, Abortamento,
Palavras-chave: Gravidez, Curetagem, Abortamento,
DOI: 10.5151/xcomusc-09
Referências bibliográficas
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Como citar:
Rodrigues, GG; De Paula, RS; De Almeida, PG; "ANÁLISE DOS ÍNDICES DE CURETAGEM PÓS-ABORTAMENTO EM HOSPITAL GERAL DE SÃO PAULO: ESTUDO TRANSVERSAL DESCRITIVO", p. 132-143 . In: Anais do X Congresso Médico Universitário São Camilo.
São Paulo: Blucher,
2022.
ISSN 2357-7282,
DOI 10.5151/xcomusc-09
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