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A partir de um estudo que relaciona o design e as relações que este possui com a figura da mulher, a pesquisa propõe verificar como artefatos materiais para a higiene menstrual são utilizados em um contexto de pobreza menstrual. Através de uma investigação qualitativa de caráter essencialmente fenomenológico e descritivo-observacional sobre o manejo da menstruação por mulheres que menstruam e vivem em um contexto de falta de recursos materiais para tal, pretende-se analisar como estas tratam a presença ou ausência de artefatos materiais para higiene. A partir deste levantamento, objetiva-se identificar quais aspectos podem ser considerados em projetos de produtos para higiene menstrual e que promovam a inclusão social. A investigação se dará com o auxílio de organizações não governamentais e iniciativas que estejam inseridas no contexto da pobreza menstrual, assim como especialistas e mulheres em situação de vulnerabilidade social. Além do aprofundamento sobre as temáticas, a investigação contará com os seguintes procedimentos de pesquisa: entrevistas semiestruturadas com especialistas sobre o tema; sondas observadoras para mapear a rotina menstrual de participantes distribuídas através de organizações; e revisão sistemática sobre design e inter relações com o pensar projetual para a higiene menstrual, em especial no contexto de pobreza menstrual. Para pautar discussões sobre gênero e design, utilizamos os autores Cheryl Buckley, enquanto linha de pensamento que trabalha a participação da figura da mulher na produção do design e a tese “Feminist perspectives of socially responsible design” de Natalie Balthrop (2012). Para refletir sobre o design projetual e aspectos sociais desta prática, usamos autores como Gui Bonsiepe e Ezio Manzini. E a fim de recuperar o olhar do design para o assunto da menstruação, utilizaremos a dissertação de mestrado de Laísa Cavalcante sobre uma análise de produtos para menstruação.