Trabalho Epidemiológico:

"INTRODUÇÃO: A violência sexual é um grande problema a nível mundial, sendo umfenômeno complexo, com raízes profundas nas relações de poder baseadas emgênero, na sexualidade e nas instituições sociais. Ela afeta,majoritariamente, crianças e adolescentes, que além de sofrerem lesões físicase genitais, ainda se tornam mais vulneráveis a outros tipos de violência, aosdistúrbios sexuais, ao uso de drogas, a prostituição, à depressão e suicídio.OBJETIVO: Discutir quais grupos e faixa etária são mais acometidos pelaviolência sexual, e o contexto na qual as vítimas estão inseridas.METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico sobre os relatos deviolência sexual no Brasil, no período de 2011 a 2016, realizado por meio deconsulta ao DATASUS. Os dados obtidos foram comparados com artigos que abordamo mesmo tema. Os critérios utilizados na seleção dos artigos foram: trabalhosescritos em língua portuguesa, publicados entre 2002 e 2016 nas plataformas depesquisa Scielo e PubMed por meio de descritores em ciência da saúdepadronizados pela BIREME: violência sexual, faixa etária e impacto social.RESULTADOS: O sexo feminino é a vítima preferencial nos casos de violênciasexual, tendo uma maior incidência na faixa etária de 1 a 19 anos e ocorrendoprincipalmente em residência, evidenciando que a violência sexual ocorre,principalmente, no âmbito intrafamiliar. O fator proeminente na motivação dasagressões sexuais é a dominação que é exercida pelo adulto sobre crianças eadolescentes que são seres em desenvolvimento, não conseguindo resistir a umfamiliar adulto que impõe sua autoridade transformando-os em objetos sexuais.As vítimas de violência sexual enfrentam grandes repercussões, podendo ver opróprio corpo como profano, reduzindo a autoestima, podendo sofrer dedepressão e ate em casos extremos ter comportamento autodestrutivo. CONCLUSÃO:A denúncia e identificação de vitimas de violência sexual é de extremaimportância, contudo, na maioria das vezes os profissionais de saúde não estãopreparados para a identificação dos sinais que indicam que o paciente sofre deviolência sexual, ou ate mesmo, não sabem quais são as medidas que devem sertomadas em casos de violência sexual. Se tem uma perpetuação da violênciasexual intrafamiliar, por uma ausência de denúncias em decorrência de ameaçasfeitas pelo agressor e a não identificação dos abusos. Sendo assim, énecessário uma qualificação desses profissionais de saúde  como, também, umadivulgação sobre a importância da denúncia do abuso sexual."