Outubro 2020 vol. 6 num. 4 - XXII Jornada Cone Sul de Reumatologia
Resumo - Open Access.
Atingir remissão/baixa atividade de doença na espondilite anquilosante melhora desfechos funcionais
Atingir remissão/baixa atividade de doença na espondilite anquilosante melhora desfechos funcionais
Kohem, C ; Kerber, JM ; de Mello, JD ; Palominos, PE ; Menegat, FA ; Gasparin, AA ; Brenol, CV ;
Resumo:
Introdução: Espondilite anquilosante (EA) causa dor lombar e dano estrutural que podem resultar em dano funcional1. A função é geralmente avaliada por meio de ensaios clínicos randomizados conduzidos em países desenvolvidos, com os pacientes recebendo terapia biológica2,3. Objetivos: Avaliar a variação no BathAnkylosingFunctional Index (BASFI) ao longo do tempo em uma coorte de EA acompanhada no Brasil. Comparar a melhora no BASFI entre pacientes que atingiram ou não remissão (REM)/baixa atividade da doença (LDA) sustentada (⩾12 meses) no ASDAS-PCR. Analizar preditores para atingir a melhora clínica minimamente significativa (MCII) no BASFI (ΔBASFI ≤ -0.6)4. Métodos: Esta análise transversal foi conduzida em uma coorte retrospectiva. Pacientes adultos que preencheram os critérios de New York para EA e seguidos por ao menos 5 anos no Ambulatório de Espondiloartropatias foram incluídos. A variação do BASFI (ΔBASFI) foi descrita como mediana (25th/75th). Comparação do ΔBASFI entre pacientes que preencheram ou não REM/LDA sustentada no ASDAS-PCR foi realizada usando o teste de Mann-Whitney. O modelo hierárquico Poisson foi utilizado para identificar preditores para atingir a MCII no BASFI. Resultados: 69 pacientes foram analizados, 53,6% eram homens, a idade média era 48.9±11.4 anos, a média de seguimento foi de 6.1±0.5 anos e a mediana (25th/75th) da duração da doença foi de 10 (5-18) anos; 14,5% dos pacientes estavam em terapia com biológicos ao início do trabalho. A mediana (25th/75th) do ΔBASFI foi baixa: -0.1 (-1.9 /+1.1), mas 46.4% (N=32) apresentaram a MCII no BASFI durante o seguimento. Pacientes que atingiram REM/LDA sustentada no ASDAS-PCR tiveram uma melhora significativa no BASFI durante o tempo comparado aos que não atingiram este alvo (p=0.026). Pacientes com altos escores de BASFI no início do trabalho tiveram uma maior probabilidade de atingir uma MCII no BASFI (RR 1.82 95% IC 1.14-2.91, p=0.012). Conclusão: Paciente que atingiram REM/LDA sustentada no ASDAS-PCR apresentaram melhores desfechos de função comparado àqueles que não atingiram esse alvo. Escores de BASFI altos no início do trabalho e REM/LDA sustentada no ASDAS-PCR foram preditores de uma MCII no BASFI.
Resumo:
Introdução: Espondilite anquilosante (EA) causa dor lombar e dano estrutural que podem resultar em dano funcional1. A função é geralmente avaliada por meio de ensaios clínicos randomizados conduzidos em países desenvolvidos, com os pacientes recebendo terapia biológica2,3. Objetivos: Avaliar a variação no BathAnkylosingFunctional Index (BASFI) ao longo do tempo em uma coorte de EA acompanhada no Brasil. Comparar a melhora no BASFI entre pacientes que atingiram ou não remissão (REM)/baixa atividade da doença (LDA) sustentada (⩾12 meses) no ASDAS-PCR. Analizar preditores para atingir a melhora clínica minimamente significativa (MCII) no BASFI (ΔBASFI ≤ -0.6)4. Métodos: Esta análise transversal foi conduzida em uma coorte retrospectiva. Pacientes adultos que preencheram os critérios de New York para EA e seguidos por ao menos 5 anos no Ambulatório de Espondiloartropatias foram incluídos. A variação do BASFI (ΔBASFI) foi descrita como mediana (25th/75th). Comparação do ΔBASFI entre pacientes que preencheram ou não REM/LDA sustentada no ASDAS-PCR foi realizada usando o teste de Mann-Whitney. O modelo hierárquico Poisson foi utilizado para identificar preditores para atingir a MCII no BASFI. Resultados: 69 pacientes foram analizados, 53,6% eram homens, a idade média era 48.9±11.4 anos, a média de seguimento foi de 6.1±0.5 anos e a mediana (25th/75th) da duração da doença foi de 10 (5-18) anos; 14,5% dos pacientes estavam em terapia com biológicos ao início do trabalho. A mediana (25th/75th) do ΔBASFI foi baixa: -0.1 (-1.9 /+1.1), mas 46.4% (N=32) apresentaram a MCII no BASFI durante o seguimento. Pacientes que atingiram REM/LDA sustentada no ASDAS-PCR tiveram uma melhora significativa no BASFI durante o tempo comparado aos que não atingiram este alvo (p=0.026). Pacientes com altos escores de BASFI no início do trabalho tiveram uma maior probabilidade de atingir uma MCII no BASFI (RR 1.82 95% IC 1.14-2.91, p=0.012). Conclusão: Paciente que atingiram REM/LDA sustentada no ASDAS-PCR apresentaram melhores desfechos de função comparado àqueles que não atingiram esse alvo. Escores de BASFI altos no início do trabalho e REM/LDA sustentada no ASDAS-PCR foram preditores de uma MCII no BASFI.
Palavras-chave: espondilite anquilosante; atividade de doença; incapacidade funcional,
Palavras-chave: espondilite anquilosante; atividade de doença; incapacidade funcional,
DOI: 10.5151/xxiijcsr2020-PO8
Referências bibliográficas
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Como citar:
Kohem, C; Kerber, JM; de Mello, JD; Palominos, PE; Menegat, FA; Gasparin, AA; Brenol, CV; "Atingir remissão/baixa atividade de doença na espondilite anquilosante melhora desfechos funcionais", p. 9 . In: Anais da XXII Jornada Cone Sul de Reumatologia.
São Paulo: Blucher,
2020.
ISSN 2357-7282,
DOI 10.5151/xxiijcsr2020-PO8
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