Junho 2019 vol. 2 num. 1 - Encontro Anual da Biofísica 2019

Artigo - Open Access.

Idioma principal | Segundo idioma

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE CICLISTAS AO PARTICULADO INALÁVEL ATMOSFÉRICO (MP10) EM UM TRECHO URBANO DA CIDADE DE FORTALEZA

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE CICLISTAS AO PARTICULADO INALÁVEL ATMOSFÉRICO (MP10) EM UM TRECHO URBANO DA CIDADE DE FORTALEZA

Brasil, Patrícia Freitas ; Naidu, Soujanya Talapala ; Serra, Daniel Silveira ; Cavalcante, Francisco Sales Ávila ; Oliveira, Helenamara Fonseca S. de ; Café, Marlon Anderson S. ; Lima, Jéssica Rocha de Araújo ;

Artigo:

A cidade de Fortaleza possui uma malha cicloviária de 225,3 km de ciclovias a qual é amplamente utilizada pela população como equipamento de transporte e lazer, porém ainda não se conhece o efeito da exposição dos usuários destas vias de transporte à poluição do ar e à poluição sonora, conforme Barbosa (2018). A Abraciclo (2010) relaciona que o interesse pelo uso da bicicleta como meio de transporte, além de bastante recomendável, é sustentado pelo fato de que o Brasil, com frota estimada de 60 milhões de bicicletas, é o terceiro produtor mundial de bicicletas, ficando atrás apenas da China (81%) e da Índia (10%). Em Fortaleza a malha de transporte é operada pelo Programa “Bicicletar” que tem como objetivo introduzir a bicicleta como modalidade de transporte público saudável e não poluente (BICICLETAR, 2017). Em países como a Holanda, com aproximadamente 34 mil km de ciclovias, Dinamarca onde a bicicleta é o segundo meio de transporte mais utilizado) e na Alemanha o uso da bicicleta em redes cicloviárias é sinônimo de cidades planejadas, eficientes e saudáveis (GAERTE, 2016). Notadamente é crescente o aumento do número de pessoas adeptos por este modal de transporte, em nível local e mundial. Levando-se em consideração a poluição atmosférica, observa-se a literatura especializada relata que em determinados horários os ciclistas tendem a ficar expostos a concentrações mais elevadas de poluentes provenientes da frota veicular e essa exposição contínua aumenta os riscos de problemas respiratórios (DONS et al., 2012; DAIGLE et al., 2003; TAINIO et al., 2016). Segundo Greenwald et al. (2016), a atividade física aumenta a taxa de ventilação e em virtude desse fator o ciclista tende a aumenta a dose inalada de poluentes presentes no ar, tornando-se particularmente preocupante para quem faz uso de ciclovia ou caminha em locais com baixa qualidade do ar. A poluição atmosférica é considerada extremamente prejudicial a saúde e pode afetar diretamente na qualidade de vida da população, além de trazer complicações fisológicas. Além de provocarem efeitos na saúde da população, os problemas causados pela poluição do ar também geram impactos negativos no que se refere à perspectiva econômica e social (DAPPER; SPOHR; ZANINI, 2016). Neste contexto este trabalho teve como objetivo avaliar a exposição de ciclistas ao material particulado inalável (MP10) em um trecho urbano na cidade de Fortaleza-Ceará.

Artigo:

A cidade de Fortaleza possui uma malha cicloviária de 225,3 km de ciclovias a qual é amplamente utilizada pela população como equipamento de transporte e lazer, porém ainda não se conhece o efeito da exposição dos usuários destas vias de transporte à poluição do ar e à poluição sonora, conforme Barbosa (2018). A Abraciclo (2010) relaciona que o interesse pelo uso da bicicleta como meio de transporte, além de bastante recomendável, é sustentado pelo fato de que o Brasil, com frota estimada de 60 milhões de bicicletas, é o terceiro produtor mundial de bicicletas, ficando atrás apenas da China (81%) e da Índia (10%). Em Fortaleza a malha de transporte é operada pelo Programa “Bicicletar” que tem como objetivo introduzir a bicicleta como modalidade de transporte público saudável e não poluente (BICICLETAR, 2017). Em países como a Holanda, com aproximadamente 34 mil km de ciclovias, Dinamarca onde a bicicleta é o segundo meio de transporte mais utilizado) e na Alemanha o uso da bicicleta em redes cicloviárias é sinônimo de cidades planejadas, eficientes e saudáveis (GAERTE, 2016). Notadamente é crescente o aumento do número de pessoas adeptos por este modal de transporte, em nível local e mundial. Levando-se em consideração a poluição atmosférica, observa-se a literatura especializada relata que em determinados horários os ciclistas tendem a ficar expostos a concentrações mais elevadas de poluentes provenientes da frota veicular e essa exposição contínua aumenta os riscos de problemas respiratórios (DONS et al., 2012; DAIGLE et al., 2003; TAINIO et al., 2016). Segundo Greenwald et al. (2016), a atividade física aumenta a taxa de ventilação e em virtude desse fator o ciclista tende a aumenta a dose inalada de poluentes presentes no ar, tornando-se particularmente preocupante para quem faz uso de ciclovia ou caminha em locais com baixa qualidade do ar. A poluição atmosférica é considerada extremamente prejudicial a saúde e pode afetar diretamente na qualidade de vida da população, além de trazer complicações fisológicas. Além de provocarem efeitos na saúde da população, os problemas causados pela poluição do ar também geram impactos negativos no que se refere à perspectiva econômica e social (DAPPER; SPOHR; ZANINI, 2016). Neste contexto este trabalho teve como objetivo avaliar a exposição de ciclistas ao material particulado inalável (MP10) em um trecho urbano na cidade de Fortaleza-Ceará.

Palavras-chave: -,

Palavras-chave: -,

DOI: 10.5151/biofisica2019-42

Referências bibliográficas
  • [1] ABRACICLO, – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Site: http://abraciclo.com.br/2018/1227-producao-de-bicicletas-cresce-25-7-em-setembro. Acessado em 20 de outubro de 2018.
  • [2] APPARICIO, P. et al. Exposure to noise and air pollution by mode of transportation during rush hours in Montreal. Journal of Transport Geography, v. 70, p. 182-192, 2018.
  • [3] BARBOSA, C. Ciclofaixa de fortaleza: saiba quais ruas e avenidas têm espaços exclusivos para ciclistas:[s.n], 2018. Disponível em: .Acesso em 28 out. 2018.
  • [4] BICICLETAR. Bicicletar–Bicicletas compartilhadas de Fortaleza. [s.n.], 2017. Bicicletar. Disponível em: . Acesso em: 05 Abr. 2019.
  • [5] BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução Nº 491, de 19 de novembro de 2018. Estabelece padrões de qualidade do ar. Informativo Diário. William Freire Advogados Associados, de 21 nov. 2018.
  • [6] DONS, E. et al. Personal exposure to black carbon in transport microenvironments Atmospheric Environment, v. 55, p. 392-398, 2012.
  • [7] DONS, E. Wearable sensors for personal monitoring and estimation of inhaled traffic-related air pollution: evaluation of methods.Environmental Science & Technology. DOI: 10.1021/acs.est.6b05782. Web. 1-23. 2018.
  • [8] DAIGLE. C. C. et al. Ultrafine particle deposition in humans during rest and exercise. Inhalation Toxicology, v. 15, p. 539–552, 2003.
  • [9] DAPPER, S. N.; SPOHR, C.; ZANINI, R. R. Poluição do ar como fator de risco para a saúde: uma revisão sistemática no estado de São Paulo. Estudos Avançados, v. 30, n. 86, p. 83-97, 2016.
  • [10] GAETE. C, M. La estratégia de amisterdam a 2020 para enfretar el crescimento de viajes en bicicleta. ArchDaily Brasil. Trad. Baratto, Romullo. Acessado 5. Abr. 2019. ISSN 0719-8906.
  • [11] GREENWALD, R. et al. A Novel Method for quantifying the inhaled dose of air pollutants based on heart rate, breathing rate and forced vital capacity. Plos One, v, 18. 1- 14. 2016.
  • [12] WHO. World Health Organization. Update of the WHO Global Air Quality Guidelines (AQGs), 2015.
  • [13] SOUSA, N. A. Determinação de material particulado em um corredor de trânsito e modelagem da deposição no sistema respiratório: estudo de caso em Fortaleza – Ce. 103 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Físicas Aplicadas, 2016). Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza: UECE, 2016.
  • [14] TAINIO, M. et al. Can air pollution negate the health benefits of cycling and walking?. Preventive Medicine, v. 87, p. 233–236, 2016.
  • [15] WORLD HEALTH ORGANIZATION. Health topics Air pollution. Disponível em: Acessado em: 14 abr. 2019.
  • [16] ZUURBIER, M. et al. Minute ventilation of cyclists, car and bus passengers: an experimental study. Environmental Health, v. 8, n. 48, p. 1-10, 2009.
Como citar:

Brasil, Patrícia Freitas; Naidu, Soujanya Talapala; Serra, Daniel Silveira; Cavalcante, Francisco Sales Ávila; Oliveira, Helenamara Fonseca S. de; Café, Marlon Anderson S.; Lima, Jéssica Rocha de Araújo; "AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE CICLISTAS AO PARTICULADO INALÁVEL ATMOSFÉRICO (MP10) EM UM TRECHO URBANO DA CIDADE DE FORTALEZA", p. 141-143 . In: Anais do Encontro Anual da Biofísica 2019. São Paulo: Blucher, 2019.
ISSN 2526--607-1, DOI 10.5151/biofisica2019-42

últimos 30 dias | último ano | desde a publicação


downloads


visualizações


indexações