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O grande avanço da tecnologia e o rápido crescimento das cidades, vem ocasionando sérios problemas ao meio ambiente. Um dos problemas que mais têm causado preocupação são a grande quantidade de resíduos sólidos que essas grandes metrópoles geram. No Brasil, a técnica mais utilizada para a disposição final destes resíduos é o aterro sanitário. Contudo, um dos problemas relacionados aos aterros, está associado à degradação dos resíduos aterrados, ocasionando a formação do lixiviado de aterro sanitário, também conhecido como chorume. O lixiviado de aterro sanitário é um líquido escuro, ácido e de elevada DQO proveniente da decomposição da matéria orgânica presente nos resíduos depositados nos aterros sanitários. Por ser altamente poluidor esse efluente necessita de tratamentos específicos para minimizar os impactos causados pelo mesmo. Portanto, esse trabalho tem por objetivo avaliar o rendimento do destilador solar como tecnologia de tratamento de lixiviado de aterro sanitário, bem como avaliar a viabilidade técnica de aplicar o destilador solar em escala real para o aterro sanitário de Sete Lagoas. Análises físico-químicas foram realizadas para avaliar a eficiência do sistema, sendo determinado também a taxa de aplicação superficial e a área requerida para implantação da tecnologia no aterro de Sete Lagoas. A partir dos dados levantados neste estudo, conclui-se que o processo de destilação solar configurase como uma alternativa tecnicamente viável para o tratamento do lixiviado em questão, possibilitando uma redução significativa dos seus contaminantes, com redução de 98% em massa do total de lixiviado gerado e eficiência de 97% de remoção de DQO. A análise de rendimento do destilador solar indica que não é viável a implantação do modelo testado em escala real, uma vez que um eventual uso deste equipamento implica em uma demanda de área cerca de 3,9 vezes maior do que a área do sistema de tratamento atual.