Resumo:

O tratamento cirúrgico de varizes apresentou três inovações técnicas primárias no último século: (1) o uso de ganchos que melhoraram os resultados estéticos da cirurgia, (2) a preservação da veia safena magna abaixo do joelho com o intuito de mitigar a lesão iatrogênica do nervo safeno, e (3) os métodos que preservam a safena como a técnica de “tratamento conservador ambulatorial hemodinâmico das varizes” (CHI VA) e a “Ablação Seletiva das Varizes sob Anestesia Local” (ASVAL ). A técnica CHI VA visa a fragmentação da coluna pressórica venosa e a manutenção das perfurantes de drenagem. Em contraste, a técnica ASVAL baseia-se na ressecção de todas as tributárias da safena. Além das inovações técnicas, as inovações tecnológicas também promoveram mudanças significativas no tratamento cirúrgico de varizes. Dentre elas destacam-se o cryostripping da safena, a powered varicectomia e a termoblação da safena. A primeira técnica consiste na safenectomia por meio de um probe sob baixíssima temperatura, o que reduz a incidência de hematomas. A segunda tem como principal vantagem o tratamento dos enovelamentos varicosos. Essa técnica se utiliza da hidrodissecção e transluminescência seguida do uso de um ressector para a varicectomia. A terceira técnica envolve o Laser Endovenoso (EVLA ) ou Radiofrequência (RFA). Ambas baseiam-se na introdução de uma fibra na safena magna que, por transferência de energia térmica, promove o colabamento do vaso. Há evidências de que EVLA e RFA minimizam hematomas e a dor pós-operatória, e promovem uma recuperação mais precoce que a cirurgia convencional.