Resumo:

Uma das principais doenças que atacam os frutos de pimenta (Capsicum spp.) é a antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides. Na busca por métodos eficientes e ambientalmente seguros de manejo no controle de C. gloeosporioides, diversas pesquisas vêm sendo desenvolvidas em programas de controle biológico. Dentre essas, o uso de bactérias promotoras do crescimento vegetal (BPCVs) é uma das alternativas potenciais, no qual estão envolvidas na promoção de crescimento e controle de patógenos. O objetivo do trabalho foi avaliar a atividade antagônica in vitro de BPCVs para o biocontrole de C. gloeosporioides. Foi realizado o teste de pareamento de culturas para verificar a ação antagônica de oito isolados de BPCVs frente a um isolado de C. gloeosporioides. Os isolados bacterianos foram inoculados por meio de duas estrias equidistantes em placas contendo meio BDA e incubadas a 28 oC, no escuro. Após 24h, um disco de 5 mm do micélio do fungo fitopatogênico foi disposto no centro das placas e incubadas, nas mesmas condições, por 12 dias. Calculou-se o valor médio de porcentagem de inibição em relação à testemunha. O delineamento foi o inteiramente ao acaso com quatro repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias agrupadas pelo teste de Scott-Knott (p<0,05). O isolado Pantoea sp. foi o mais eficiente na inibição do crescimento micelial in vitro de C. gloeosporioides apresentando 58% de inibição, seguido dos isolados Rhizobium sp., Bacillus pumilus e Pantoea sp. com inibição de 29, 26 e 24%, respectivamente, não diferindo estatisticamente entre si. Abre-se, assim, a perspectiva de estudos mais detalhados utilizando BPCVs com potencial controle biológico frente ao C. gloeosporioides. Os resultados demostram que o isolado Pantoea sp. apresentou o melhor potencial hiperparasita em relação ao fungo fitopatogênico.