Setembro 2022 vol. 8 num. 1 - As Astrocientistas - I Encontro Brasileiro de Meninas e Mulheres da Astrofísica, Gravitação e Cosmologia

Resumo - Open Access.

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Buscando protaglomerados no universo distante

Searching for protoclusters in the distant universe

Costa, M.R. da ; Delmestre, K.M. ; Gonçalves, T.S. ;

Resumo:

Protoaglomerados são os progenitores das estruturas mais massivas do Universo, os aglomerados de galáxias. Presentes nos estágios iniciais do Universo, quando as grandes estruturas estavam em formação, eles são caracterizados por alta densidade numérica de galáxias e, portanto, são excelentes laboratórios naturais para investigar de que forma efeitos ambientais podem afetar a evolução das galáxias. Esses ambientes tipicamente abrigam galáxias com intensa formação estelar e, frequentemente, galáxias obscurecidas por poeira, resultando em grandes luminosidades nas bandas infravermelhas. Uma população de objetos distantes com intensa formação estelar obscurecida por poeira é a de galáxias submilimétricas (conhecidas como SMGs - submillimeter galaxies), cuja emissão no infravermelho é desviada para a região submilimétrica do espectro por efeito do redshift cosmológico. Neste trabalho, usamos SMGs como alvos para identificar potenciais regiões de protoaglomerados. Combinamos imageamento profundo e observações espectroscópicas para identificar galáxias emissoras da linha Lyman α (conhecidas como LAEs - Lyα emitters) nos redshifts de SMGs (∆z = ±0.03), como um meio de avaliar a presença de galáxias tipicamente em formação estelar nas vizinhanças de SMGs. Identificamos 4 regiões candidatas a protoaglomerados no intervalo de redshift z = 1 − 5. A análise preliminar do campo COSMOS aponta para um leve excesso de densidade de LAEs em torno de SMGs em z ∼ 4.5, em comparação com a densidade de LAEs no campo. Este resultado preliminar é consistente com um cenário em que SMGs traçam estruturas mais típicas do Universo, com massas moderadas, em vez das estruturas mais massudas, que se tornam aglomerados semelhantes a Coma no Universo local. As SMGs podem ser, portanto, uma população ainda pouco explorada para compreender a formação de grupos e aglomerados de galáxias mais típicos e não apenas os mais massudos.

Resumo:

Protoclusters are the progenitors of the most massive structures in the Universe, the galaxy clusters. Present in the early stages of the Universe, when large structures were forming, they are characterized by a high numerical density of galaxies and, therefore, are excellent natural laboratories to investigate how environmental effects can affect the evolution of galaxies. These environments typically host galaxies with intense star formation and, often, galaxies obscured by dust, resulting in high luminosities in the infrared bands. A population of distant objects with intense star formation obscured by dust is that of submillimeter galaxies (known as SMGs - submillimeter galaxies), whose infrared emission is shifted to the submillimeter region of the spectrum by the cosmological redshift effect. In this work, we use SMGs as targets to identify potential regions of protoclusters. We combine deep imaging and spectroscopic observations to identify Lyman α-line emitting galaxies (known as LAEs - Lyα emitters) at the redshifts of SMGs (∆z = ±0.03), as a means of assessing the presence of typically star-forming galaxies in the vicinity of SMGs. We identified 4 candidate regions for protoclusters in the redshift range z = 1 − 5. Preliminary analysis of the COSMOS field points to a slight excess of density of LAEs around SMGs at z ∼ 4.5, compared to the density of LAEs in the field. This preliminary result is consistent with a scenario in which SMGs trace more typical Universe structures, with moderate masses, rather than the more massive structures, which become Coma-like clusters in the local Universe. The SMGs may be, therefore, a population still little explored to understand the formation of more typical groups and clusters of galaxies and not just the most massive ones.

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Palavras-chave: estrutura em larga escala, galáxias submilimétricas, alto redshift,

Palavras-chave: large-scale structure, submillimeter galaxies, high redshift,

DOI: 10.5151/astrocientistas2021-18

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Como citar:

Costa, M.R. da; Delmestre, K.M.; Gonçalves, T.S.; "Buscando protaglomerados no universo distante", p. 137-140 . In: Anais do I Encontro Brasileiro de Meninas e Mulheres da Astrofísica, Gravitação e Cosmologia - As Astrocientistas. São Paulo: Blucher, 2022.
ISSN 2358-2359, DOI 10.5151/astrocientistas2021-18

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