Maio 2021 vol. 8 num. 2 - V Encontro Nacional de Economia Industrial e Inovação

Artigo completo - Open Access.

Idioma principal | Segundo idioma

CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS BRASILEIRAS QUE RECEBERAM FINANCIAMENTO PUBLICO PARA A INOVAÇÃO VIS- À-VIS AS EMPRESAS QUE NÃO O UTILIZARAM EM SEUS PROCESSOS INOVATIVOS: UMA DISCUSSÃO A PARTIR DO PORTE DA EMPRESA

Using public funds from innovation programs: a discussion from the perspective of the firms´ size

Silva Neto, Fábio Chaves do Couto e ; Oliveira, Vanessa Parreiras ;

Artigo completo:

Este artigo apresenta resultados de tabulações especiais da Pesquisa de Inovação (PINTEC/IBGE), focalizando a relação entre as características de financiamento das atividades de P&D, a introdução de inovações no mercado e a utilização dos mecanismos de financiamento público para a inovação. A identificação das características das empresas se dá por meio da análise de indicadores selecionados de C,T&I no período 2015-2017. São focalizados três conjuntos de empresas segmentadas por porte: 1) as que usufruíram de qualquer tipo de mecanismo de financiamento público para as atividades de inovação; 2) as que não usufruíram de nenhum financiamento público para tais atividades; e 3) aquelas que se utilizaram somente dos mecanismos de incentivos fiscais e subvenções econômicas. Os resultados sugerem maior intensidade em atividades de inovação entre empresas que utilizaram financiamento público em relação àquelas que não o utilizaram, com importante participação das empresas que utilizaram somente incentivos fiscais e subvenções econômicas.

Artigo completo:

This paper presents some results of special tabulations of the Brazilian National Innovation Survey (PINTEC/IBGE), focusing on the relationship between the funding characteristics of R&D activities, the release of innovations in the market and the use of public funding mechanisms for innovation. The identification of the characteristics of the companies occurs through the analysis of selected indicators of S,T&I in the 2015-2017 period. This paper arranged three sets of companies for the analysis: 1) the ones that were funded by any type of public programs for innovation activities; 2) the ones that did not use any public funding sources for such activities; and 3) the ones the used only tax incentives and economic subsidies as public sources of funding of innovation activities. The results suggest greater intensity in innovation activities among companies that used public funding comparing to those that did not use it, with an important participation of companies that used only tax incentives and economic subsidies.

Download (PDF)

Palavras-chave: financiamento público à inovação; porte da firma; características das firmas; investimento em P&D; PINTEC 2017,

Palavras-chave: public funding to innovation activities; R&D investment firm characteristics; release of innovations; Brazilian National Innovation Survey 2017.,

DOI: 10.5151/v-enei-739

Referências bibliográficas
  • [1] ALVES, A. H. O Brasil no Órgão de Solução de Controvérsias da OMC: Inovar-auto e o Regime Tributário Industrial Brasileiro. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2019.
  • [2] ARBIX, G.; CONSONI, F. Inovar para transformar a Universidade brasileira. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 26, n° 77, p. 205-251, out. 2011.
  • [3] ARAUJO, B. C.; PIANTO, D.; DE NEGRI, F.; CAVALCANTE, L.R.; ALVES, P. Impactos dos fundos setoriais nas empresas. Revista Brasileira de Inovação, 11, n. esp., p. 85-112, julho 2012.
  • [4] AVELLAR, A. P. Impacto das políticas de fomento à inovação no Brasil sobre o gasto em atividades inovativas e em atividades de P&D das empresas. Estudos Econômicos, v. 39, n. 3, p. 629-649, 2009.
  • [5] AVELLAR, A.P.; BOTELHO, M. Efeitos das políticas de inovação nos gastos com atividades inovativas das pequenas empresas brasileiras. Estudos Econômicos, v. 46, n.3, p.609-642, 2016.
  • [6] AVELLAR, A. P.; BOTELHO, M. Políticas de apoio à inovação em pequenas empresas: evidências sobre a experiência brasileira recente. Economia e Sociedade, v. 24, n. 2 (54), p. 379-417, 2015.
  • [7] AVELLAR, A. P.; BITTENCOURT, P. Política de inovação: instrumentos e avaliação. In: RAPINI, M.; SILVA, L.; ALBUQUERQUE, E. (Orgs) Economia da ciência, tecnologia e inovação: fundamentos teóricos e a economia global, Prismas. Curitiba: 2017, p. 571-622.
  • [8] BASTOS, V. 2000-2010: uma década de apoio federal à inovação no Brasil. Revista do BNDES, 37, p. 127-176, junho 2012.
  • [9] BORRÁS, S.; EDQUIST, C. The choice of innovation policy instruments Technological Forecasting and Social Change, 80 (8), 1513–1522, 2013.
  • [10] BRIGANTE, P. C. Uma avaliação da Lei de Informática e seus impactos sobre os gastos empresariais em P&D nos anos 2000. Revista Brasileira de Inovação, 17 (1), p. 119-148, 2018.
  • [11] BRITTO, J.; VARGAS, M. A. A systemic innovation policy with an inclusive perspective: the evolution of the Brazilian policy to the pharmaceutical sector. Globelics Working Paper Series, No. 2015-07, 2015.
  • [12] CALZOLAIO, A. E. Política de inovação da década de 2000: produtividade e inovação. Cadernos do Desenvolvimento, vol. 14, n. 25, p. 149-175, 2019.
  • [13] CALZOLAIO, A. E.; DATHEIN, R. Políticas fiscais de incentivo à inovação: uma avaliação da Lei do Bem. Porto Alegre: UFRGS/FCE/DE RI, 2012 (Texto para Discussão/Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Ciências Econômicas, n.15/2012).
  • [14] CANEPA, A.; STONEMAN, P. Financial constraints to innovation in the UK: evidence from CIS2 and CIS3. Oxford Economic Papers, 60 (4), pp. 711–730, 2008.
  • [15] CASSIOLATO, J.E.; LASTRES, H. M. Sistemas de inovação e desenvolvimento: as implicações de política. São Paulo em Perspectiva, v. 19, n. 1, p. 34-45, 2005.
  • [16] CAVALCANTE, A.; RAPINI, M.; LEONEL. S. Financiamento da Inovação: uma proposta de articulação entre as abordagens pós-keynesiana e neo-schumpeteriana. In: RAPINI, M.; SILVA, L.; ALBUQUERQUE, E. (Orgs) Economia da ciência, tecnologia e inovação: fundamentos teóricos e a economia global, Prismas. Curitiba: 2017, p. 199-240.
  • [17] CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. Programa RHAE – Pesquisador na empresa. Diretório de projetos – Chamadas 67/2008 e 62/2009. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2011.
  • [18] CHIARINI, T.; OLIVEIRA, V.; RAPINI, M. Obstáculos à inovação e porte das empresas industriais. Rumo a políticas públicas de incentivo à inovação mais assertivas no Brasil. Planejamento e Políticas Públicas, v. 56, p. 41-67, 2020.
  • [19] COLOMBO, D. G. CRUZ, H. Impacts of the Brazilian innovation tax policy on the composition of private investments and on the type of Innovation. Revista Brasileira de Inovação, vol. 17, n. 2, p. 377-414, julho/dezembro 2018.
  • [20] CORDER, S. A política de financiamento à inovação no Brasil. Economia & Tecnologia, ano 04, vol. 14, p. 87-100, jul/set. 2008.
  • [21] DE NEGRI, J.A. A subvenção econômica cumpre a função de estímulo à inovação e ao aumento da competitividade das empresas brasileiras? In: MONTEIRO NETO, A. (Org.). Brasil em Desenvolvimento: Estado, planejamento e políticas públicas, IPEA. Brasília: 2011, v.2, p. 343-357.
  • [22] DE NEGRI, J.A.; MORAIS, J. M. Análise da evolução das ações e Programas da FINEP no apoio à inovação empresarial (2003-2014) In: TURCHI, L.M; MORAIS, J.M. Políticas de apoio à inovação tecnológica no Brasil, IPEA. Brasília: 2017, p. 165-196.
  • [23] DE NEGRI, F.; DE NEGRI, J. A.; LEMOS, M. Impactos do ADTEN e do FNDCT sobre o Desempenho e os Esforços Tecnológicos das Firmas Industriais Brasileiras. Revista Brasileira de Inovação, v. 8, n. 1, p.211-254, 2009.
  • [24] DIAS, R. Sessenta anos de política científica e tecnológica, Editora da UNICAMP. Campinas: 2012.
  • [25] FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS. Relatório de Gestão da FINEP 2003-2006. Rio de Janeiro: FINEP, 2007
  • [26] FREEL. M. Barriers to product innovation in small manufacturing firms. International Small Business Journal, 18 (2), pp. 60–80, 2000.
  • [27] GUIMARAES, E.A. Políticas de inovação: financiamentos e incentivos. In: DE NEGRI, J.A.; KUBOTA, L. C. Políticas de incentivo à inovação tecnológica no Brasil, IPEA. Brasília: 2008, p. 149-228.
  • [28] GUTIERREZ, E. ; SILVA NETO, F. Programas de inserción de investigadores en el sector empresarial: un análisis comparativo entre Brasil y Chile. In: Anais do XV Congresso latino iberoamericano de gestão de tecnologia, ALTEC. Porto: 2013.
  • [29] IBGE. Pesquisa de Inovação: 2017. Notas técnicas. Rio de Janeiro, 2020.
  • [30] HEWITT-DUNDAS, N. Resource and capability constraints to innovation in small and large plants. Small Business Economics, 26 (3), pp. 257–277, 2006.
  • [31] KANNEBLEY JR. S.; SHIMADA, E.; DE NEGRI, F. Efetividade da Lei do Bem no estímulo aos dispêndios em P&D: uma análise com dados em painel. Pesquisa e planejamento econômico, v. 46, n. 3, dez. 2016, pp. 111-145.
  • [32] MANUAL, DE FRASCATI. Metodologia proposta para a definição da investigação e desenvolvimento experimental. F. Iniciativas,. 2007.
  • [33] O` SULLIVAN, M. Finance and Innovation. In: FAGERBERG, J.; MOWERY, D.; NELSON, R (Eds). The Oxford Handbook of Innovation, OUP Oxford. 2005, p. 240-265.
  • [34] PACHECO, C. A. As reformas da política nacional de ciência, tecnologia e inovação no Brasil (1999-2002). Santiago de Chile: CEPAL, dic. 2007. Disponível em . Acesso em 12/02/2021.
  • [35] PINHEIRO, L.; RAPINI, M.; PARANHOS, J. Subvenção à inovação no setor farmacêutico brasileiro: uma análise a partir do nível de incerteza. Revista de Administração, Sociedade e Inovação, v.7, n.1, p. 104-123, 2021.
  • [36] RAPINI, M. Padrão de financiamento aos investimentos em inovação no Brasil. Belo Horizonte: UFMG/CEDEPLAR, 2013. (Texto para discussão, 497).
  • [37] ROCHA, F. Does governmental support to innovation have positive effect on R&D investments? Evidence from Brazil. Revista Brasileira de Inovação, v. 14, n. espec., p. 37-60, 2015.
  • [38] ROTHWELL, R. Small firms, innovation and industrial change. Small Business Economics, (1), pp 51-64, 1989.
  • [39] SALLES FILHO, S.; STEFANUTO, G.; MATTO, C.; ZEITOUM, C.; CAMPOS, F. Avaliação de impactos da Lei de Informática: uma análise da política industrial e de incentivo à inovação no setor de TICs brasileiro. Revista Brasileira de Inovação, 11, n. esp., p. 191-218, 2012.
  • [40] SANTOS, U.; RAPINI, M.; MENDES, P. Impactos dos incentivos fiscais na inovação de grandes empresas: uma avaliação a partir da Pesquisa Sondagem de Inovação da ABDI. Nova Economia, v.30 n.3, p.803-832, 2020.
  • [41] SANTOS, P.; ROCHA, M. T.; SOUZA, S. Financiamento da inovação no Brasil: uma abordagem sobre a influência dos incentivos fiscais na atividade inovativa industrial. Economia e Desenvolvimento, v.31, e 8, p. 01-16, 2019.
  • [42] TEIXEIRA, A. L.; VIEIRA, R.; RAPINI, M. Tipo de Financiamento, grau de novidade da inovação e tamanho de empresa: uma analise a partir da PINTEC. In: Anais do I Encontro Nacional de Economia Industrial e Inovação (ENEI), ABEIN. Araraquara: 2016.
  • [43] TEIXEIRA, C.; MENEZES, J. H. Resultados do RHAE Pesquisador na Empresa. In: Anais do XV Congresso da Associação Latino-iberoamericana de Gestão de Tecnologia, ALTEC. Porto: 2013.
  • [44] VALLS, L. A revisão da política industrial brasileira. Revista Conjuntura Econômica, v. 71, n. 4, p. 64-65, 2017.
  • [45] VIOTTI, E. Brasil: de política de C&T para política de inovação? Evolução e desafios das políticas brasileiras de ciência, tecnologia e inovação. In: VELHO, L.; SOUZA-PAULA, M.C. (Orgs) Avaliação de políticas de ciência, tecnologia e inovação: diálogo entre experiências internacionais e brasileiras, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. Brasília:, 2008, p.137-174.
  • [46] ZUCOLOTO, G.; SANTANA, B.; VELOSO, L. J.; KANNEBLEY Jr. S. LEI DO BEM E PRODUTIVIDADE DAS FIRMAS INDUSTRIAIS BRASILEIRAS. In: TURCHI, L.M; MORAIS, J.M. (Orgs) Políticas de apoio à inovação tecnológica no Brasil, IPEA. Brasília: 2017, p. 295-332.
Como citar:

Silva Neto, Fábio Chaves do Couto e; Oliveira, Vanessa Parreiras; "CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS BRASILEIRAS QUE RECEBERAM FINANCIAMENTO PUBLICO PARA A INOVAÇÃO VIS- À-VIS AS EMPRESAS QUE NÃO O UTILIZARAM EM SEUS PROCESSOS INOVATIVOS: UMA DISCUSSÃO A PARTIR DO PORTE DA EMPRESA", p. 1751-1769 . In: Anais do V Encontro Nacional de Economia Industrial e Inovação (ENEI): “Inovação, Sustentabilidade e Pandemia”. São Paulo: Blucher, 2021.
ISSN 2357-7592, DOI 10.5151/v-enei-739

últimos 30 dias | último ano | desde a publicação


downloads


visualizações


indexações