Resumo:

Resíduos da arborização urbana são compostos por materiais madeireiros resultantes dos serviços de poda e supressão de árvores e arbustos com fins estéticos, funcionais e fitossanitários. São gerados em grande quantidade nas cidades brasileiras e destinados normalmente à disposição em aterros sanitários, compostagem e uso como fonte de energia. Também é prática comum o descarte em áreas irregulares e a queima à céu aberto, resultando em impactos ambientais negativos e problemas à saúde pública. Por outro lado, a diversidade de espécies, a grande quantidade disponível e sua dispersão em todo o território nacional, são fatores que favorecessem seu aproveitamento em produtos madeireiros de maior valor agregado. A Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Novo Marco Legal do Saneamento Básico definem as responsabilidades dos geradores em relação ao gerenciamento dos resíduos e priorizam a adoção de modelos baseados na redução da geração e na valorização através de diferentes rotas tecnológicas, destinando aos aterros somente os rejeitos. Esse cenário aponta a necessidade urgente de desenvolvimento de novas alternativas de valorização dos resíduos verdes, baseadas em princípios da Economia Circular e da Agenda 2030 como o consumo regenerativo e a conservação do capital natural; a otimização do rendimento dos recursos com a recirculação dos materiais e o uso em cascata; e a inclusão social em empreendimentos inovadores e solidários.