Pôster:

Justificativa

A colonização bacteriana das vias aéreas e a infecção após a traqueostomia são comuns, aumentando a morbidade do paciente. A cânula de traqueostomia é uma via de entrada direta de microrganismos do ambiente externo para a árvore traqueobrônquica. O conhecimento da colonização bacteriana das vias aéreas de pacientes pediátricos traqueostomizados e seus perfis de resistência a antibióticos ajuda a orientar o cuidado do paciente e guia tratamento de processos infecciosos.

Objetivo(s)

Descrever a colonização bacteriana presente em exames de cultura coletados por secreção traqueal, nasal e lavado broncoalveolar de crianças traqueostomizadas em um hospital pediátrico terciário em São Pauloão Paulo

Método(s)

Realizada análise dos resultados de culturas obtidas a partir de swabs com secreção traqueal, nasal e/ou lavado broncoalveolar coletadas durante procedimentos eletivos. Foram analisados exames de 66 pacientes que não apresentavam sinais de infecção e não estavam em antibioticoterapia nos 15 dias prévios ao procedimento.

Resultado(s)

Foram identificados dezessete bactérias, incluindo Pseudomonas aeruginosa (51%), Serratia marcescens (19%), Stenotrophomonas maltophilia (11%) e Staphylococcus aureus (9%). Culturas realizadas a partir de swab nasal foram predominantemente negativas(76%). O antibiograma foi avaliado em amostras positivas para Pseudomonas aeruginosa, Serratia marcescens e Staphylococcus aureus. Todas as amostras positivas para Serratia marcescens foram sensíveis aos antibióticos. Foi comum a ocorrência de multirresistência bacteriana em pacientes colonizados por Staphylococcus aureus.

Conclusão(ões)

As crianças avaliadas neste estudo frequentemente apresentaram colonização por Pseudomonas aeruginosa. A identificação dos agentes colonizadores em pacientes em uso de traqueostomia é importante para a redução da morbimortalidade em crianças traqueostomizadas.