Maio 2021 vol. 8 num. 2 - V Encontro Nacional de Economia Industrial e Inovação
Artigo completo - Open Access.
CONTEXTUALIZANDO A TEORIA DA BASE DE CONHECIMENTO NO CAPITALISMO PERIFÉRICO: OBSERVAÇÕES A PARTIR DA ECONOMIA BRASILEIRA
Contextualizing knowledge base theory in peripheral capitalism: evidence from the Brazilian economy
Mesquita, Fernando ; Fernandes, Ana Cristina ;
Artigo completo:
A teoria da base de conhecimento tem ganhado destaque na literatura internacional da Geografia da Inovação como uma forma de sistematizar os tipos de conhecimento (analítico, sintético e simbólico) que estão presentes nos sistemas regionais de inovação (SRI). Tendo em vista a predominância de observações de casos europeus nessa literatura, nosso objetivo é demonstrar como o contexto periférico influencia na reprodução da base de conhecimento apontando para a elevada concentração espacial e escassa demanda por inovação endógena, além dos desdobramentos da instabilidade econômica do segmento inovativo em um contexto de crise. Para isso, realizamos o agrupamento dos segmentos da indústria criativa seguindo as ocupações vinculadas aos três tipos de conhecimento. A partir dessa classificação, o nível de concentração e a instabilidade econômica foram mensurados por meio de uma análise no nível mesorregional do emprego formal.
Artigo completo:
The knowledge base theory drew the attention of Geography of Innovation literature. It proposes a systematic way to demonstrate how different types of knowledge (analytical, synthetic, and symbolic) are presented in regional innovation systems (RSI). Considering the focus of this literature in European cases, this paper aims to show the influence of peripheral context in the reproduction of the knowledge base. Then, it discusses the spatial concentration and the scarce demand for endogenous innovation, besides the effects of economic instability in the creative sector during the crisis. This analysis was made using a group of jobs related to the creative industry that was adjusted to the three types of knowledge. Subsequently, the level of spatial concentration and the economic instability was measured using a mesoregional analysis of the formal employment.
Palavras-chave: Base de conhecimento; Condição Periférica; Concentração espacial; Instabilidade Econômica.,
Palavras-chave: Knowledge Base; Peripheral Condition; Spatial Concentration; Economic Instability.,
DOI: 10.5151/v-enei-737
Referências bibliográficas
- [1] ALBUQUERQUE, E. M. Uneven and combined development as a methodological tool. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, p. 143-173, 2020.
- [2] AMIN, S. Unequal development: An essay on the social formations of peripheral capitalism. 1978.
- [3] ASHEIM, B. Differentiated knowledge bases and varieties of regional innovation systems. Innovation, 20, n. 3, p. 223-241, 2007.
- [4] ASHEIM, B.; COENEN, L. Knowledge bases and regional innovation systems: Comparing Nordic clusters. Research Policy, 34, n. 8, p. 1173-1190, Oct 2005.
- [5] ASHEIM, B.; GERTLER, M. The geography of innovation: regional innovation systems. In: FAGERBERG, J. e MOWREY, D. (Ed.). The Oxford Handbook of Innovation. Oxford: OUP Oxford, 200 p. 291-317.
- [6] ASHEIM, B.; GRILLITSCH, M.; TRIPPL, M. Introduction: Combinatorial Knowledge Bases, Regional Innovation, and Development Dynamics. Economic Geography, 93, n. 5, p. 429-435, 2017.
- [7] ASHEIM, B. T.; BOSCHMA, R.; COOKE, P. Constructing Regional Advantage: Platform Policies Based on Related Variety and Differentiated Knowledge Bases. Regional Studies, 45, n. 7, p. 893-904, 2011.
- [8] BOSCHMA, R. A concise history of the knowledge base literature: Challenging questions for future research. In: ISAKSEN, A.; MARTIN, R.; TRIPPL, M. (Eds.) New avenues for regional innovation systems-theoretical advances, empirical cases and policy lessons: Springer, 201 p. 23-40.
- [9] BRESSER-PEREIRA, L. C. O desafio brasileiro. In: A terra é redonda, 2020. Disponível em https://aterraeredonda.com.br/o-desafio-brasileiro/.
- [10] CANO, W. Desconcentração produtiva regional do Brasil: 1970-2005. São Paulo: Editora UNESP, 2008. 294-294 p. 8571398313.
- [11] _______. A desindustrialização no Brasil. Texto para Discussão, n. 200, p. 1-21, 2012.
- [12] CHAMINADE, C. Are Knowledge Bases Enough? A Comparative Study of the Geography of Knowledge Sources in China (Great Beijing) and India (Pune). European Planning Studies, 19, n. 7, p. 1357-1373, 2011.
- [13] CONTEL, F. B. As divisões regionais do IBGE no século XX (1942, 1970 e 1990). Terra Brasilis, n. 3, p. 1-20, 2014.
- [14] FERNANDES, A. C. Sistema territorial de inovação ou uma dimensão de análise na Geografia contemporânea. In: SPOSITO, E. S.;SILVA, C. A. d., et al (Ed.). A diversidade da Geografia Brasileira: Escalas e dimensões da análise e da ação. Rio de Janeiro: Consequência, 2016. p. 113-142.
- [15] _______. Inovação para o desenvolvimento [regional] inclusivo: sobre estimular imaginação e utopia em tempo de pandemia. VALENÇA, M.; MEDEIROS, S. (Orgs.) Ensino, pesquisa e extensão em planejamento urbano e regional. Natal, EDUFRN-ANPUR, 2021. No prelo
- [16] FERNANDES, A. C.; SABINO, A.; PIMENTEL, G. No prelo. In: MOURA, R. e PINCOVSKY, O. (Eds.) Espaços metropolitanos: processos, configurações, metodologias e perspectivas emergentes. Rio de Janeiro, Letra Capital-Observatório das metrópoles, 2021. No prelo.
- [17] FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (FIRJAN). Mapeamento da indústria criativa no Brasil Rio de Janeiro: Publicações Sistema Firjan 2016.
- [18] _______. Mapeamento da indústria criativa no Brasil Rio de Janeiro: Publicações Sistema Firjan 2019.
- [19] _______. Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil. 2021. Disponível em: https://www.firjan.com.br/economiacriativa/pages/default.aspx. Acesso em: Jan.
- [20] FURTADO, C. Desenvolvimento e subdesenvolvimento. In: BIELSCHOWSKY, R. (Ed.). Cinquenta anos de pensamento na CEPAL. Rio de Janeiro. São Paulo: Record, 2000. p. 239-262.
- [21] _______. Criatividade e dependência na civilização industrial. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. 181-181 p.
- [22] GONG, H.; HASSINK, R. Context sensitivity and economic-geographic (re) theorising. Cambridge Journal of Regions, Economy and Society, 13, n. 3, p. 475-490, 2020.
- [23] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. Divisão do Brasil e Mesorregiões e Microrregiões Geográficas. Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento Rio de Janeiro 1990.
- [24] ISAKSEN, A.; TRIPPL, M. Exogenously led and policy-supported new path development in peripheral regions: Analytical and synthetic routes. Economic Geography, 93, n. 5, p. 436-457, 2017.
- [25] LAESTADIUS, S. Technology level, knowledge formation, and industrial competence in paper manufacturing. In: ELIASSON, G.;GREEN, C., et al (EdS.). Micro Foundations of Economic Growth. Ann Arbor: The University of Michigan Press., 1998. p. 212-226.
- [26] LUNDVALL, B.-A. National Systems of Innovation: Toward a Theory of Innovation and Interactive Learning. London: Anthem Press, 1992. 404-404 p. 0857286749.
- [27] MANNICHE, J. Combinatorial Knowledge Dynamics: On the Usefulness of the Differentiated Knowledge Bases Model. European Planning Studies, 20, n. 11, p. 1823-1841, 2012. Article.
- [28] MANNICHE, J.; MOODYSSON, J.; TESTA, S. Combinatorial knowledge bases: An integrative and dynamic approach to innovation studies. Economic Geography, 93, n. 5, p. 480-499, 2017.
- [29] MARIUSSEN, Å.; ASHEIM, B. T. Innovation systems, institutions and space. In: ASHEIM, B. e MARIUSSEN, A. (Ed.). Innovations, Regions and Projects: Studies in new forms of knowledge governance. Stockholm, SW: Nordregio, 2003. p. 13-40.
- [30] MARTIN, R. Measuring Knowledge Bases in Swedish Regions. European Planning Studies, 20, n. 9, p. 1569-1582, 2012. Article.
- [31] MOODYSSON, J.; COENEN, L.; ASHEIM, B. Explaining spatial patterns of innovation: analytical and synthetic modes of knowledge creation in the Medicon Valley life-science cluster. Environment and Planning A, 40, n. 5, p. 1040-1056, 2008.
- [32] NEFFKE, F.; HENNING, M.; BOSCHMA, R. How Do Regions Diversify over Time? Industry Relatedness and the Development of New Growth Paths in Regions. Economic Geography, 87, n. 3, p. 237-265, 2011.
- [33] PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Technology, Management and Systems of Innovation, p. 15-45, 1984.
- [34] PREBISCH, R. O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus problemas principais. In: BIELSCHOWSKY, R. (Ed.). Cinquenta anos de pensamento na CEPAL. Rio de Janeiro: Record, 2000.
- [35] SANTOS, M. l. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004. 433-433 p. 8531408334.
- [36] _______. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 1996.
- [37] SUZIGAN, W.; ALBUQUERQUE, E. M. A interação entre universidade e empresas em perspectiva histórica no Brasil. In: SUZIGAN, W.; ALBUQUERQUE, E. d. M. e., et al (Ed.). Em busca da inovação: Interação universidade-empresa no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011. p. 17-44.
Como citar:
Mesquita, Fernando; Fernandes, Ana Cristina; "CONTEXTUALIZANDO A TEORIA DA BASE DE CONHECIMENTO NO CAPITALISMO PERIFÉRICO: OBSERVAÇÕES A PARTIR DA ECONOMIA BRASILEIRA", p. 1715-1733 . In: Anais do V Encontro Nacional de Economia Industrial e Inovação (ENEI): “Inovação, Sustentabilidade e Pandemia”.
São Paulo: Blucher,
2021.
ISSN 2357-7592,
DOI 10.5151/v-enei-737
últimos 30 dias | último ano | desde a publicação
downloads
visualizações
indexações