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Justificativa

Pela imunodeficiência, bemcomo alta frequência de comorbidades, pacientes submetidos a transplante renaltem potencialmente maior risco de comprometimento severo por COVID-19. Emreceptores recentes, seu manejo é especialmente desafiador pela requeridapotencialização da imunossupressão e a veemente escassez de literaturarelacionada.

Objetivo(s)

Compartilhar asexperiências vivenciadas com dois casos de infecção por SARS-CoV-2 em pacientespediátricos na primeira semana pós transplante renal.

Método(s)

Relato de dois casos apósanálise de prontuário. Número de aprovação no CEP: 29429720.1.2001.5567

Resultado(s)

Apresentamos dois casos deinfecção por SARS-COV-2 em pacientes de 2 e 3 anos de idade, receptores detransplante renal com mesmo doador falecido. Estes se apresentaramassintomáticos para transplante, bem como PCR negativo na ocasião. Ambosevoluíram com função imediata de enxerto. No 6º dia pós transplante aacompanhante de um dos pacientes apresentou febre, mialgia, anosmia eodinofagia. O caso índice e os pacientes, foram submetidos a PCR para COVID-19,e o diagnóstico foi confirmado. Um receptor permaneceu assintomático. O outroapresentou febre por 1 dia e lesão renal aguda. Pela manutenção da alteração defunção renal, submetido a biopsia renal e observada rejeição aguda celular IA(Banff). Recebeu pulsoterapia com metilprednisolona por 3 dias e recuperoufunção do enxerto. Não houve sinais de rejeição aguda mediada por anticorpos nabiópsia renal, mas o paciente apresentou DSA de novo. Terapia imunossupressorafoi mantida para ambos.

Conclusão(ões)

Não é possível deduzir umarelação causal de rejeição aguda e COVID-19, mas assim como outras infecções,este possivelmente tenta atuado como gatilho para esta complicaçãoimunomediada.