Outubro 2020 vol. 6 num. 4 - XXII Jornada Cone Sul de Reumatologia

Resumo - Open Access.

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Denosumabe na osteoporose associada à síndrome de imunodeficiência adquirida

Denosumabe na osteoporose associada à síndrome de imunodeficiência adquirida

Barros, SM ; Pereira, FF ;

Resumo:

A longevidade conquistada pelas pessoas vivendo com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), nas últimas décadas, desvia o foco do manejo de infecções oportunistas para o controle dos efeitos colaterais da terapêutica a longo prazo e para prevenção, diagnóstico e tratamento de comorbidades crônico-degenerativas associadas ao envelhecimento, incluindo a osteoporose. O estudo de caso relatado trata de idoso com síndrome de imunodeficiência humana (SIDA) e em terapia antirretroviral combinada (TARVc), há cinco anos, que desenvolve fenótipo frágil assim como definição de condição de alto risco para fratura osteoporótica. Após avaliação osteometabólica, devido a insuficiência renal crônica, seleciona-se o denosumabe, suplementação de cálcio e vitamina D como alternativa terapêutica para o paciente osteoporótico, embora ainda não existam estudos controlados ou protocolo estabelecido para indicação desse anticorpo monoclonal no tratamento de osteoporose associada a HIV e TARVc. A abordagem se estende ao incentivo para adoção de medidas não farmacológicas de suporte a saúde, analgesia para dor musculoesquelética de caráter misto, degenerativo e neuropático, e observa-se em dois anos melhora significativa, tanto clínica como densitométrica, esta última com ganho percentual de 67% em relação a massa óssea inicial. Em um caso no mundo real, destaca-se que o uso de anticorpo monoclonal específico para osteoporose, o denosumabe, mostrou ser útil no tratamento de idoso portador de insuficiência renal, vivendo com HIV e que se mantém em uso de terapia antirretroviral combinada. Discutindo-se os pormenores do caso em relação aos dados da literatura sobre fisiopatogênese da osteoporose em pacientes com SIDA, infere-se que é provável que o denosumabe equilibre a perda de massa óssea com bloqueio da atividade do ligante do RANK que é estimulado pelas citocinas liberadas durante o processo de reconstituição imune produzido pela TARVc. A falta de confirmação definitiva para essa hipótese e as demais lacunas no conhecimento atual tornam promissor a área de estudos que engloba as interações do sistema imune e fisiopatologia da perda de massa óssea, a alteração evolutiva de biomarcadores osteometabólicos, a validação de ferramentas de predição de fraturas e, ainda, acerca do arsenal terapêutico utilizável para prevenção e tratamento da osteoporose de forma segura e efetiva para pessoas que vivem com HIV.

Resumo:

A longevidade conquistada pelas pessoas vivendo com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), nas últimas décadas, desvia o foco do manejo de infecções oportunistas para o controle dos efeitos colaterais da terapêutica a longo prazo e para prevenção, diagnóstico e tratamento de comorbidades crônico-degenerativas associadas ao envelhecimento, incluindo a osteoporose. O estudo de caso relatado trata de idoso com síndrome de imunodeficiência humana (SIDA) e em terapia antirretroviral combinada (TARVc), há cinco anos, que desenvolve fenótipo frágil assim como definição de condição de alto risco para fratura osteoporótica. Após avaliação osteometabólica, devido a insuficiência renal crônica, seleciona-se o denosumabe, suplementação de cálcio e vitamina D como alternativa terapêutica para o paciente osteoporótico, embora ainda não existam estudos controlados ou protocolo estabelecido para indicação desse anticorpo monoclonal no tratamento de osteoporose associada a HIV e TARVc. A abordagem se estende ao incentivo para adoção de medidas não farmacológicas de suporte a saúde, analgesia para dor musculoesquelética de caráter misto, degenerativo e neuropático, e observa-se em dois anos melhora significativa, tanto clínica como densitométrica, esta última com ganho percentual de 67% em relação a massa óssea inicial. Em um caso no mundo real, destaca-se que o uso de anticorpo monoclonal específico para osteoporose, o denosumabe, mostrou ser útil no tratamento de idoso portador de insuficiência renal, vivendo com HIV e que se mantém em uso de terapia antirretroviral combinada. Discutindo-se os pormenores do caso em relação aos dados da literatura sobre fisiopatogênese da osteoporose em pacientes com SIDA, infere-se que é provável que o denosumabe equilibre a perda de massa óssea com bloqueio da atividade do ligante do RANK que é estimulado pelas citocinas liberadas durante o processo de reconstituição imune produzido pela TARVc. A falta de confirmação definitiva para essa hipótese e as demais lacunas no conhecimento atual tornam promissor a área de estudos que engloba as interações do sistema imune e fisiopatologia da perda de massa óssea, a alteração evolutiva de biomarcadores osteometabólicos, a validação de ferramentas de predição de fraturas e, ainda, acerca do arsenal terapêutico utilizável para prevenção e tratamento da osteoporose de forma segura e efetiva para pessoas que vivem com HIV.

Palavras-chave: Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Osteoporose; Terapêutica,

Palavras-chave: Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Osteoporose; Terapêutica,

DOI: 10.5151/xxiijcsr2020-PO14

Referências bibliográficas
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Como citar:

Barros, SM; Pereira, FF; "Denosumabe na osteoporose associada à síndrome de imunodeficiência adquirida", p. 15 . In: Anais da XXII Jornada Cone Sul de Reumatologia. São Paulo: Blucher, 2020.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/xxiijcsr2020-PO14

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