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Essa pesquisa se fundamenta em uma análise do Design de Sinalização voltado às questões de mobilidade e autonomia para pessoas com deficiência visual em espaços culturais, uma vez que eles experimentam obstáculos como falta de sinalização e de acessibilidade física para, ao menos, adentrar o local e se deslocar com autonomia. O Objetivo principal é a verificação de aspectos de sinalização e de seus componentes em espaços culturais e se esses elementos tornam o local mais acessível. Os objetivos específicos se encarregam de identificar e explorar novas tecnologias cujos dispositivos demandam revisão de sinalizações em ambientes públicos, reconhecer princípios do Design de Sinalização que acentuem a segurança e encorajem o deslocamentos com autonomia e confiança, e organizar subsídios a partir da compreensão das prioridades cognitivas de pessoas com deficiência visual para melhorar aspectos de acessibilidade em ambientes culturais. Foram aplicados métodos da pesquisa qualitativa (Creswell 2010), onde buscou-se respostas para questões com enfoque no universo dos significados, dos motivos e das aspirações, seguindo um ciclo de processo de trabalho em três etapas: fase exploratória; trabalho de campo, e a análise e tratamento de material empírico e documental. A investigação contou com levantamento bibliográfico em artigos, livros e periódicos onde se priorizou autores do campo como D’Agostini (2017); Smitshuijzen (2007), e apresenta a pesquisa de campo, que contou com critérios de seleção dos espaços culturais das regiões brasileiras - SUL, DE e NE, levando em consideração dados populacionais fornecidos pela Pesquisa Nacional de Saúde - PNS e IBGE (2019), no qual apresentam as regiões selecionadas com as percentagens mais altas da população com deficiência no Brasil. Foram visitados vinte e dois espaços culturais, e a documentação dos dados provindos de observação in loco, imagens, entrevistas, diário de campo, fichas de análise e mapas do fluxo de circulação dos espaços seguiu a organização e interpretação da Análise Temática ( Minayo; Deslandes; Gomes 2009) onde o conceito central é o tema, fundamentado no fenômeno de compreender núcleos de sentido que compõe a comunicação em compreensão explícita para implícita. Os conteúdos foram distribuídos em cinco unidades de registro: a) experiência, b) segurança, c) acessibilidade, d) sinalização e e) tecnologias. Na segunda etapa, a organização foi feita de forma associativa, quando os dados foram analisados e organizados em núcleos de sentido: 1) demanda / necessidade e 2) experiência, dando origem às subcategorias de análise por critério semântico: a) espaços exuberantes em acessibilidade, b) espaços que oferecem acessibilidade, c) espaços que oferecem pouca acessibilidade, norteadoras das categorias de análise: Design de Sinalização e Elementos informativos de acessibilidade, que respondem ao tema da pesquisa realizada, permitindo a sensibilização para discussão e interpretação dos resultados, buscando a fundamentação teórica nos dados de cada espaço visitado. Como contribuição esta pesquisa oferece diretrizes capazes de nortear futuros projetos de Design de Sinalização não visual voltados para a inclusão das pessoas com deficiência visual.