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O advento das células solares de terceira geração, denominadas de Células Solares Sensibilizadas (Do inglês: Dye Sensitized Solar Cells - DSSC), desenvolvidas pela primeira vez na década de 1990, pelo professor suíço Michael Grätzel, carregam consigo a esperança de podermos fazer o aproveitamento da energia proveniente do sol (radiações eletromagnéticas), de forma eficiente, limpa e ainda com custo baixíssimo na obtenção do dispositivo. Este modelo de célula fotovoltaica é baseado na sensibilização, utilizando pigmento sintético ou vegetal, os quais, por possuírem baixa energia de gap entre suas bandas de valência, são os principais responsáveis pela injeção de elétrons ao sistema. Este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de células do tipo Grätzel modificada utilizando como fotossensibilizador extrato vegetal da espécie Myrcia sylvatica, largamente encontrada na flora amazônica. Para a confecção dos dispositivos e obtenção dos parâmetros elétricos, fez-se uso de quatro substratos de ITO, recortados nas dimensões de 1x1,5cm2, nanopartículas de TiO2, eletrólito não aquoso, eletrólito polimérico, spin coating, mufla, potenciostato (AutoLab) e um simulador solar ORIEL. Os dispositivos projetados diferiram, para fins comparativos, apenas no eletrólito utilizado. O desempenho fotovoltaico das células fabricadas mostrou melhor desempenho para o dispositivo o qual obteve-se os parâmetros fazendo o uso do eletrólito não aquoso. Com esta, foi possível constatar uma eficiência de 1,11%. Diante dos resultados obtidos, é possível concluir que o pigmento utilizado neste trabalho apresenta uma capacidade adsortiva interessante, como já constatado, de obtenção de eletricidade por meio do efeito fotovoltaico, quando este pigmento atua como sensibilizador de célula do tipo Grätzel modificada.