Dezembro 2021 vol. 7 num. 3 - IX Congresso Médico Universitário São Camilo
Artigo - Open Access.
EFEITOS DA MUSICOTERAPIA NO TRABALHO DE PARTO
EFEITOS DA MUSICOTERAPIA NO TRABALHO DE PARTO
Ferreira, L. S. ; Souza, I. P. ; Gonçalves, G. S. ; Passalacqua, I. M. ; Ferrandez, I. A. ; Ferreira, F. C. S. ; Pereira, M. M. ;
Artigo:
METODOLOGIA: Essa revisão bibliográfica foi realizada na base de dados PubMed utilizando-se os descritores "Labor, Obstetric"; "Music Therapy"; "Complementary Therapies" com o operador booleano AND. Foram encontrados 29 estudos em que foram aplicados os seguintes critérios de exclusão: revisão, fuga do tema, relato de caso e indisponibilidade do estudo, resultando em 14 artigos analisados no presente trabalho. OBJETIVOS: O objetivo desta revisão foi avaliar os efeitos e a eficácia da musicoterapia durante o trabalho de parto (TP). RESULTADOS: Essa revisão bibliográfica foi composta por 14 ensaios clínicos, sendo eles 12 randomizados e 2 não randomizados. A primeira variável analisada foi a dor: 12 estudos correlacionaram dor e musicoterapia. Um destes 12 artigos não demonstrou associação entre musicoterapia e redução da dor, sem diferenças na frequência do uso de analgésicos entre pacientes sob essa terapia complementar e pacientes que não a utilizaram. Os outros 11 artigos mostraram redução da dor, sendo que 1 mostrou aumento no limiar de sensibilidade à dor (menor necessidade de analgésicos), 3 estudos relataram a redução da dor durante a fase ativa do TP e 1 na fase latente. A segunda variável foi a ansiedade: houve relação da diminuição da ansiedade com a musicoterapia em 8 estudos. Em um deles, durante um teste sem estresse a musicoterapia resultou em uma diminuição estatisticamente significativa no escore de ansiedade das gestantes (OR = 0,87, p <0,001). A terceira variável analisada foi o encurtamento do TP: 4 estudos relacionaram musicoterapia e encurtamento do TP, sendo que 2 deles apontam uma redução no primeiro período, 1 com redução de 2 horas em média, e outro, relevante estatisticamente (OR = 0,92, p <0,004). Entre as outras variáveis analisadas estão: melhora na experiência do parto (6 artigos) (redução do medo, relaxamento do corpo, satisfação), aumento do início espontâneo do TP ou com menor necessidade de medicação (1 artigo), diferenças nos níveis hemodinâmicos maternos (redução da pressão arterial) e normalização da frequência cardíaca (FC) fetal (2 artigos). CONCLUSÃO: Os estudos demonstram, em sua maioria, que a prática da musicoterapia, como terapia complementar, é eficaz na redução da ansiedade, dor e tempo de TP, além da melhora em outras variáveis.
Artigo:
METODOLOGIA: Essa revisão bibliográfica foi realizada na base de dados PubMed utilizando-se os descritores "Labor, Obstetric"; "Music Therapy"; "Complementary Therapies" com o operador booleano AND. Foram encontrados 29 estudos em que foram aplicados os seguintes critérios de exclusão: revisão, fuga do tema, relato de caso e indisponibilidade do estudo, resultando em 14 artigos analisados no presente trabalho. OBJETIVOS: O objetivo desta revisão foi avaliar os efeitos e a eficácia da musicoterapia durante o trabalho de parto (TP). RESULTADOS: Essa revisão bibliográfica foi composta por 14 ensaios clínicos, sendo eles 12 randomizados e 2 não randomizados. A primeira variável analisada foi a dor: 12 estudos correlacionaram dor e musicoterapia. Um destes 12 artigos não demonstrou associação entre musicoterapia e redução da dor, sem diferenças na frequência do uso de analgésicos entre pacientes sob essa terapia complementar e pacientes que não a utilizaram. Os outros 11 artigos mostraram redução da dor, sendo que 1 mostrou aumento no limiar de sensibilidade à dor (menor necessidade de analgésicos), 3 estudos relataram a redução da dor durante a fase ativa do TP e 1 na fase latente. A segunda variável foi a ansiedade: houve relação da diminuição da ansiedade com a musicoterapia em 8 estudos. Em um deles, durante um teste sem estresse a musicoterapia resultou em uma diminuição estatisticamente significativa no escore de ansiedade das gestantes (OR = 0,87, p <0,001). A terceira variável analisada foi o encurtamento do TP: 4 estudos relacionaram musicoterapia e encurtamento do TP, sendo que 2 deles apontam uma redução no primeiro período, 1 com redução de 2 horas em média, e outro, relevante estatisticamente (OR = 0,92, p <0,004). Entre as outras variáveis analisadas estão: melhora na experiência do parto (6 artigos) (redução do medo, relaxamento do corpo, satisfação), aumento do início espontâneo do TP ou com menor necessidade de medicação (1 artigo), diferenças nos níveis hemodinâmicos maternos (redução da pressão arterial) e normalização da frequência cardíaca (FC) fetal (2 artigos). CONCLUSÃO: Os estudos demonstram, em sua maioria, que a prática da musicoterapia, como terapia complementar, é eficaz na redução da ansiedade, dor e tempo de TP, além da melhora em outras variáveis.
Palavras-chave: Trabalho de parto, Musicoterapia, Terapias Complementares,
Palavras-chave: Trabalho de parto, Musicoterapia, Terapias Complementares,
DOI: 10.5151/comusc2021-06
Referências bibliográficas
- [1] .
Como citar:
Ferreira, L. S.; Souza, I. P.; Gonçalves, G. S.; Passalacqua, I. M.; Ferrandez, I. A.; Ferreira, F. C. S.; Pereira, M. M.; "EFEITOS DA MUSICOTERAPIA NO TRABALHO DE PARTO", p. 71-99 . In: Anais do IX Congresso Médico Universitário São Camilo..
São Paulo: Blucher,
2021.
ISSN 2357-7282,
DOI 10.5151/comusc2021-06
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