Enfermagem:

Introdução: O alívio da dor em crianças hospitalizadas é um direito e foi integrado em agendas de pesquisas internacionais como uma prioridade para o avanço científico. Nesse caminhar, as intervenções não farmacológicas merecem destaque. Objetivos: Avaliar a efetividade do banho terapêutico associado à medicação analgésica, em comparação ao uso isolado da medicação analgésica, no alívio da dor aguda em crianças hospitalizadas por agravos respiratórios. Métodos: Ensaio clínico randomizado de superioridade, conduzido com crianças entre 28 dias e três anos, alocadas em dois grupos: 40 no grupo controle, que receberam uma intervenção farmacológica isolada; e 40 no grupo intervenção, que receberam o banho junto a intervenção farmacológica. O banho consistiu em uma imersão de 2/3 do corpo em água quente(37-39°C), por no mínimo cinco minutos, com a emersão na temperatura acima de 36°C. A dor foi avaliada em quatro tempos: T0 (avaliação inicial); T1 (15 minutos); T2 (30 minutos) e T3 (60 minutos) após a medicação. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial. Seguiu-se as diretrizes éticas internacionais. Resultados: O grupo intervenção apresentou redução da dor mais rápido no T1 e de forma acentuada em todos os tempos de avaliação, em comparação ao grupo controle (p<0,05). Conclusão: O banho terapêutico se mostrou uma intervenção não farmacológica efetiva no alívio da dor, coadjuvante a intervenção farmacológica. Observa-se o pioneirismo, potencialidade e capacidade de inovação de enfermeiros, com a ressignificação de uma intervenção de higiene, passível de ser aplicada na prática clínica e impactando no cuidado às crianças com dor.