Outubro 2021 vol. 7 num. 2 - IV Congresso de Escolas Médicas
Trabalho Epidemiológico - Open Access.
Epidemiologia da Sífilis Congênita em Goiás nos últimos cinco anos
Epidemiologia da Sífilis Congênita em Goiás nos últimos cinco anos
Vaz , André Luiz de Lucena ; Gléria , Vinícius Oliveira ; Pires , Rayza Santos ; Gomes , Patrícia de Pádua ; Inácio , Natielly Aleixo ;
Trabalho Epidemiológico:
"INTRODUÇÃO: Sífilis Congênita (SC) é uma doença infecciosa sistêmica detransmissão vertical provocada pela bactéria _Treponema pallidum_1. No Brasila taxa de incidência de SC de 2,0 casos/1.000 nascidos vivos em 2006 foi para6,8 casos/1.000 nascidos vivos em 2016; ultrapassando a meta da OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS) de 0,5 casos/1.000 nascidos vivos2. Se não tratada outratada inadequadamente, esta patologia pode resultar em sequelas fetais.Conhecer melhor sua distribuição em nosso meio, bem como os fatores a elarelacionados é primordial. OBJETIVO: Analisar a epidemiologia da SC em Goiásnos últimos 5 anos. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal e descritivo, comdados provenientes do portal DATASUS (SINAN), onde se pesquisou casosnotificados/confirmados de SC no estado de Goiás no período do ano de 2014 a2018. RESULTADOS: Observou-se um total de 2.143 casos confirmados de SC emGoiás nos últimos 5 anos. Destes, 2.059 foram confirmados em crianças com até6 dias de vida e 1.900 crianças sobreviveram após o diagnóstico. O perfilmaterno mais prevalente corresponde a mães com escolaridade entre a 5º sériedo ensino fundamental ao ensino médio incompleto, com pré-natal completo (1593casos, sendo 1219 diagnosticados durante o pré-natal), mas com 1370 casos emque o parceiro materno não foi tratado. DISCUSSÃO: Em Goiás nos últimos 5anos, aumentou a notificação de casos de SC. O aprimoramento do sistema devigilância epidemiológica e a ampliação da distribuição de testes rápidospermitiu maior acesso ao diagnóstico das gestantes e seus parceiros sexuais.No entanto, essas estratégias não reduziram os casos de SC3. A assistência aopré-natal de qualidade é essencial para a prevenção de danos ao bebê etratamento. Baixo nível de escolaridade se mostra estatisticamente associado àSC. Frequentemente, este é o perfil de indivíduos com baixa condiçãosocioeconômica e com menos acesso à saúde de qualidade4. É consideradotratamento inadequado para sífilis materna quando o parceiro não foi tratado,tratado inadequadamente ou se desconhece sobre o seu tratamento1. CONCLUSÃO: Opresente trabalho mostra um aumento de notificações de SC nos últimos anos emGoiás. A sua prevalência tanto local como nacional segue elevada apesar dasmedidas preventivas já implantadas. Para alcançar a meta da OMS é essencialque os profissionais de saúde e a comunidade se sensibilizem sobre aimportância do diagnóstico precoce e tratamento eficaz da gestante e seuparceiro."
Trabalho Epidemiológico:
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DOI: 10.5151/cesmed2019-26
Referências bibliográficas
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Como citar:
Vaz , André Luiz de Lucena; Gléria , Vinícius Oliveira; Pires , Rayza Santos; Gomes , Patrícia de Pádua; Inácio , Natielly Aleixo; "Epidemiologia da Sífilis Congênita em Goiás nos últimos cinco anos", p. 327-352 . In: Anais do V Congresso de Escolas Médicas.
São Paulo: Blucher,
2021.
ISSN 2357-7282,
DOI 10.5151/cesmed2019-26
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