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Justificativa

Ao observar a lacuna da escassez de trabalhos que abordem a diastematomielia tipo 2 e medula ancorada como causadores do quadro de escoliose grave e a descrição da técnica cirúrgica adotada para correção, notou-se a viabilidade de elaborar um trabalho com foco em aspectos que corroboram para a resolução do caso.

Objetivo(s)

Relatar o caso de uma escoliose congênita grave secundária a diastematomielia tipo 2, bem como realizar uma revisão de literatura sobre essas patologias.

Método(s)

Estudo retrospectivo descritivo com base na análise do prontuário de uma paciente de 17 anos com diagnóstico de escoliose congênita secundária a espinha bífida (diastematomielia tipo II). O ângulo de Cobb, a obliquidade pélvica, deformidade clínica, sintomas e qualidade de vida foram comparados antes e após a cirurgia. Número do Parecer: 4.679.681

Resultado(s)

A paciente foi submetida à intervenção cirúrgica com instrumentação posterior da coluna vertebral, osteotomias de subtração e fixação com parafusos pediculares de baixa densidade. No pós-operatório imediato, a correção do ângulo de Cobb foi de mais de 40° (32,7% do valor inicial). Obtivemos também melhora da deformidade cifótica em mais de 20°. A paciente apresentou alívio da sintomatologia neurológica e da dor, além de melhora da função respiratória e da qualidade de vida.

Conclusão(ões)

Apesar da diastematomielia ser uma condição associada a casos graves de escoliose, é possível obter correção significativa do ângulo de Cobb após artrodese vertebral, com melhora na sintomatologia neurológica e qualidade de vida do paciente.