Fevereiro 2019 vol. 1 num. 5 - I Simpósio Bienal SBPSP – O Mesmo, O Outro

Estímulo - Open Access.

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Estímulo para Paulo Endo

Estímulo para Paulo Endo

Comissão Organizadora, ;

Estímulo:

São Paulo é uma cidade de pessoas invisíveis: carroceiros, moradores de rua, crianças e adolescentes em situação de pobreza nos semáforos. Destituídas do reconhecimento de sua existência humana e de sua alteridade, despertam indiferença. Muitas vezes eles resistem para existir, como aponta o padre Júlio Lancelotti, pároco da capela de São Miguel Arcanjo e vigário episcopal para o povo da rua da arquidiocese de São Paulo, citado por você. Muitas vezes resistem pela violência. E quando se tornam visíveis para o outro, quando afirmam a sua existência, a indiferença torna-se ódio. No Brasil mata-se mais do que em lugares que se encontram em franca situação de conflito armado. Certos países europeus consideram o inimigo o refugiado, o imigrante, o asilado. No Brasil o inimigo é o jovem desempregado, de baixa renda e baixa escolaridade. São eles o alvo privilegiado dos homicídios e da violência praticada pelo Estado. O relatório do Atlas da Violência 2018 (IPEA) aponta que a violência contra a mulher é efetivada por agressores do núcleo doméstico, e os casos de estupro subiram 51%, tendo como vítimas menores de onze anos. Aponta também uma taxa de homicídios de pessoas entre quinze e dezenove anos de idade, taxa alarmante. É o dobro da média nacional e mais de seis vezes a taxa global de homicídios de jovens, sendo que 94% dos casos são do sexo masculino. Como entender a omissão da população civil em relação à violência do Estado nas ruas, principalmente nas periferias? Como a Psicanálise pode nos ajudar a entender esta situação?

Estímulo:

São Paulo é uma cidade de pessoas invisíveis: carroceiros, moradores de rua, crianças e adolescentes em situação de pobreza nos semáforos. Destituídas do reconhecimento de sua existência humana e de sua alteridade, despertam indiferença. Muitas vezes eles resistem para existir, como aponta o padre Júlio Lancelotti, pároco da capela de São Miguel Arcanjo e vigário episcopal para o povo da rua da arquidiocese de São Paulo, citado por você. Muitas vezes resistem pela violência. E quando se tornam visíveis para o outro, quando afirmam a sua existência, a indiferença torna-se ódio. No Brasil mata-se mais do que em lugares que se encontram em franca situação de conflito armado. Certos países europeus consideram o inimigo o refugiado, o imigrante, o asilado. No Brasil o inimigo é o jovem desempregado, de baixa renda e baixa escolaridade. São eles o alvo privilegiado dos homicídios e da violência praticada pelo Estado. O relatório do Atlas da Violência 2018 (IPEA) aponta que a violência contra a mulher é efetivada por agressores do núcleo doméstico, e os casos de estupro subiram 51%, tendo como vítimas menores de onze anos. Aponta também uma taxa de homicídios de pessoas entre quinze e dezenove anos de idade, taxa alarmante. É o dobro da média nacional e mais de seis vezes a taxa global de homicídios de jovens, sendo que 94% dos casos são do sexo masculino. Como entender a omissão da população civil em relação à violência do Estado nas ruas, principalmente nas periferias? Como a Psicanálise pode nos ajudar a entender esta situação?

Palavras-chave: -,

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DOI: 10.5151/isbsbpsp-49

Referências bibliográficas
  • [1] -
Como citar:

Comissão Organizadora, ; "Estímulo para Paulo Endo", p. 359 . In: I Simpósio Bienal SBPSP – O Mesmo, O Outro. São Paulo: Blucher, 2019.
ISSN 2359-2990, DOI 10.5151/isbsbpsp-49

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