Artigo:

A constante procura por produtos que auxiliam no combate à patologias e/ou possuem propriedades terapêuticas movimenta a indústria farmacêutica. No presente trabalho, analisou-se o potencial de aplicação dos alcaloides Dicentrina, Isoboldina, Isocoridina e Ococriptina, pertencentes ao grupo Ocotea (Lauraceae), no desenvolvimento de fármacos através de um estudo in silico. Durante a pesquisa, utilizou-se de ferramentas online como os servidores PreADMET e PASS, além de softwares como MarvinSketch, Gaussian e Spartan para procedimentos como cálculos de otimização (utilizando-se o método DFT e o conjunto de bases B3LYP/6-31G*) e frequências. Para a análise dos resultados, comparou-se os mesmos com dados estatísticos presentes na literatura, além de ter sido aplicada também a regra dos cinco de Lipinski. Os resultados obtidos demonstraram que a Isoboldina é o composto mais estável e eletronegativo, enquanto a Dicentrina é o alcaloide mais eletropositivo. Além disso, as propriedades físico-químicas verificadas para cada molécula revelaram que todas podem ser candidatas a fármacos, com base na regra de Lipinski. O teste de AMES mostrou que a Ococriptina possui caráter não mutagênico, enquanto a Dicentrina apresentou resultados negativos durante os testes de carcinogenicidade em ratos. Ademais, todos os alcaloides devem apresentar uma excelente absorção intestinal, uma média permeabilidade nas células Caco-2 e elevadas chances de suas atividades biológicas serem ativas.