Trabalho Epidemiológico:

"INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial primária é uma doença caracterizada porníveis pressóricos elevados e sustentados, apresenta curso crônico,etiologiamultifatorial e relação com inúmeras comorbidades cardiovasculares. Os gastoscom internação em caráter de urgência devido à hipertensão primária ainda sãoelevados, o que demonstra uma incipiente ação na saúde do Brasil para prevenireventos agudos relacionados à doença. OBJETIVOS: Comparar os custos deinternação no SUS nas modalidades eletiva e de urgência e analisar o perfilepidemiológico dos pacientes internados por hipertensão primária em Goiás noano de 2018.MÉTODOS: estudo epidemiológico, descritivo, longitudinal,quantitativo. A pesquisa foi realizada no banco de dados do DATASUS, no qualselecionou-se a opção Morbidade Hospitalar no SUS, por local de internação, nocaso o estado de Goiás, o item selecionado da lista de morbidade do CID-10 foiHipertensão essencial (primária). Pesquisou-se a quantidade de internaçõespelo caráter de atendimento das internações (eletiva ou de urgência) e osgastos totais com os atendimentos no ano de 2018. Realizou-se um cálculo dedivisão entre o valor total gasto com as internações e o caráter deatendimento, chegando assim ao valor individual em cada modalidade.Posteriormente foi pesquisado o sexo e a faixa etária dos pacientes internadospor hipertensão primária no ano de 2018 e realizado uma proporção simplesentre as categorias mais prevalentes e o total de pacientes. RESULTADOS: Goiásapresentou um total de 1697 internações por hipertensão primária no ano de2018, sendo que 1640 (96,7%) foram em caráter de urgência. O gasto médio doatendimento na urgência foi de 334,34 e no eletivo foi de 237,10. Quanto aoperfil dos pacientes nas duas modalidades, a maioria era do sexo feminino(61,9%) e a faixa etária mais prevalente foi a de 50 a 79 anos, 63,2% dosatendimentos. CONCLUSÃO: Os atendimentos em urgência apresentaram números egastos mais elevados do que o atendimento eletivo, o que demonstra incipientealcance da atenção primária, bem como de ações de promoção e prevenção desaúde. O sexo feminino e faixas etárias mais avançadas foram mais prevalentesnos atendimentos o que sinaliza para a necessidade de estratégias de saúdemais efetivas que alcancem esses grupos. Caso ocorra melhoria e maioresinvestimentos na atenção primária, o estado conseguiria diminuir o ônus e afrequência dos atendimentos em urgência pela doença."