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Justificativa

O rabdomiossarcoma (RMS)representa 4,5% dos casos de câncer pediátrico e origina-se de célulasmesenquimais primitivas relacionadas aos músculos estriados. Em crianças,aproximadamente 7% dos casos de rabdomiossarcomas genitourinários são de origemparatesticular. No RMS paratesticular, a abordagem inicial de escolha é aorquiectomia radical por via inguinal. A abordagem por via escrotal representarisco de contaminação por doença microscópica residual e pode demandarre-excisão primária escrotal (RPE) e/ou radioterapia (RT). A importância da RPEno prognóstico ainda permanece incerta, assim como a da linfadenectomiaretroperitoneal (LNRP) para estadiamento.

Objetivo(s)

Avaliar a abordagemcirúrgica do RMS paratesticular em crianças e adolescentes.

Método(s)

Realizada revisão deprontuários dos pacientes entre zero e 18 anos, com diagnóstico derabdomiossarcoma paratesticular, tratados entre 1988 e 2017. Estudo aprovadopor certificado nº 77361817.6.0000.5274.

Resultado(s)

A amostra de 25 pacientesteve média de idade de 10,2 ±5,3 anos e de seguimento de 7 ±5,6 anos. Aabordagem escrotal ocorreu em 24% e 12% foram submetidos a ressecçãoincompleta. A RPE ocorreu em 12%, LNRP em 16% e linfadenectomia inguinal em44%. A TC identificou linfonodomegalias retroperitoneais em 40%. RT local foinecessária em 33% dos pacientes com abordagem escrotal e RT inguinal e/ouretroperitoneal foi necessária em 45% dos submetidos a linfadenectomia.

Conclusão(ões)

A abordagem escrotalrepresenta problema no tratamento do RMS paratesticular, por poder demandar RPEou RT para adequado controle local e a LNRP é cada vez menos necessária. Éimportante adequar a abordagem cirúrgica inicial à suspeita de malignidade paraque não haja piora no prognóstico.