Trabalho Epidemiológico:

**INTRODUÇÃO: **O câncer de mama (CM) é a quinta causa de morte e o segundo tipo de tumor maligno mais prevalente em mulheres, no Brasil. Ele decorre das alterações nas células da mama e interação com fatores de riscos como: idade, histórico familiar, fatores hormonais, nuliparidade, idade da primeira gravidez, uso de anticoncepcionais, dentre outros. No Brasil, a mortalidade decorre, principalmente, do atraso no rastreamento, na detecção precoce e nas dificuldades de acesso ao tratamento. A sobrevida e o prognóstico do CM são influenciados pelas disparidades sociais e étnicorraciais, como: baixa renda, grau de escolaridade e cor da pele. **OBJETIVOS: **Analisar o perfil de mortalidade por CM feminino no Brasil, segundo faixa etária, cor, raça e nível de escolaridade nos anos de 2015 a 2018. **MÉTODOS: **Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, acerca dos óbitos por CM, em mulheres brasileiras, associado às variáveis sociodemográficas, como: idade, cor e escolaridade. A faixa etária considerada foi de 30 anos ou mais, considerando as cores, branca, preta, parda, amarela e indígena, e os níveis de escolaridade avaliados em: nunca estudou, 1 a 7 anos, de 8 a 11 anos a acima de 12 anos de estudo. Os dados foram extraídos do Departamento de Informática em Saúde (DATASUS), por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), caracterizada por local de internação, entre os anos de 2015 a 2018. **RESULTADOS: **No período de 2015 a 2018, registaram-se 53.325 casos de óbitos por CM. O ano de 2015 apresentou o menor número de mortes (12.300) e o ano de 2018, o maior (14.413). A faixa etária entre as idades de 50 a 69 anos apresentou o maior percentual (46,3%) de óbitos, e o grupo etário de 30 a 39 apresentou o menor (6,7%). Em relação à cor e raça, ocorreu a maior prevalência de mortalidade em mulheres brancas (60,7%) e a menor, em mulheres indígenas (0,1%). Para o nível de escolaridade, houve maior incidência em mulheres com grau de instrução entre 8 e 11 anos de estudo (27,1%). **CONCLUSÕES: **O perfil de mortalidade por CM mostra a importância dessa neoplasia no cenário nacional. Com isso, faz-se necessário maior investimento em medidas estruturais de inclusão social, com a difusão dos programas de rastreamento e prevenção do CM, voltados, principalmente, para aquelas mulheres com baixo nível de escolaridade e em situação de vulnerabilidade social, como forma de proporcionar a promoção à saúde da mulher e obter redução na mortalidade.