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Justificativa

Situações de risco nutricional podem surgir durante a adolescência; período de grande vulnerabilidade nutricional, devido à demanda aumentada de nutrientes necessária para atender ao intenso crescimento característico desta fase.

Objetivo(s)

Descrever as prevalências de inadequação e fatores associados à ingestão de cálcio, ferro, zinco, magnésio, fósforo e sódio em adolescentes dos 15 aos 18,9 anos.

Método(s)

Analisamos parte dos dados do Estudo Brasileiro de Nutrição e Saúde (EBANS), compreendendo adolescentes de 15 a 18,9 anos, considerando os estratos etários das Dietary Reference Intakes (DRI's). A ingestão de minerais foi obtida por dois Recordatórios de 24hs. Os valores de Estimated Average Requirement (EAR) e do Tolerable Upper Intake Levels (UL) foram considerados para calcular as prevalências de inadequação. Regressão logística múltipla foi utilizada para determinar os fatores associados.

Resultado(s)

Os nutrientes que tiveram maior prevalência de inadequação em ambos os sexos foram cálcio (97%) e magnésio (93%). A ingestão de sódio foi acima da UL para a maioria da população estudada (68,5%). O consumo de todos os minerais foi diferente entre os sexos (p<0,01). As chances de adequação do consumo de cálcio foram maiores para o sexo masculino e indivíduos ativos. Os fatores que mais tiveram associação com a ingestão dos minerais foram sexo (cálcio, ferro, fósforo e sódio) e atividade física (cálcio, ferro e magnésio).

Conclusão(ões)

Cálcio, magnésio e sódio são nutrientes que se destacam devido à alta prevalência de inadequação. Políticas públicas que se relacionam à ingestão de micronutrientes e à adoção de hábitos mais saudáveis pelos adolescentes podem ser revisitadas e readequadas.