Artigo:

INTRODUÇÃO: Com a constante e crescente pressão acadêmica presente na realidade de vestibulandos e universitários , muitos recorrem ao uso de psicoestimulantes como o metilfenidato. O metilfenidato, que tem a Ritalina® como forma comercial mais conhecida, é recomendado, principalmente, para o tratamento de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH),mas seu uso não prescrito traz repercussões sistêmicas graves que são negligenciadas. OBJETIVOS: Esta revisão propõe analisar a literatura acerca do uso sem prescrição de metilfenidato em adolescentes e adultos saudáveis, a fim de entender seu impacto na saúde . METODOLOGIA: Pesquisa do tipo revisão bibliográfica sobre a repercussão sistêmica do uso de metilfenidato por estudantes utilizando BVS e Pubmed, tendo como descritores encontrados no DeCS: "saúde" e "metilfenidato". Foram incluídos artigos de revistas indexadas com textos completos disponibilizados online, publicados nas línguas portuguesa e inglesa, no período de 2014 a 2018; excluídos textos que abordavam estudos com pessoas fora da faixa etária determinada e textos que possuíam estudos com pessoas portadoras de TDAH. Foram acrescentados ainda 2 artigos provenientes de revista não indexadas devido a escassez de informações complementares. RESULTADOS: Apesar da obtenção de pequena quantidade de estudos voltados ao tema em questão, foram constatados impactos desse fármaco no organismo,principalmente no sistema nervoso central e no sistema cardiovascular. Quanto ao SNC, evidenciaram-se alterações nos níveis de neurotransmissores e no metabolismo cerebral acarretando, também, mudanças comportamentais. Já no sistema cardiovascular, a análise dos estudos apresentou informações divergentes quanto a atuação exata do fármaco, porém sem negar que há alteração nesse sistema com o uso do psicoativo. CONCLUSÃO: Após a análise dos artigos selecionados, foram constatadas que, devido ao uso dessa substância, ocorrem alterações no cerebelo e no cérebro, as quais intensificam a memória e concentração. Além disso, verificou-se efeitos colaterais como ansiedade, elevação da pressão arterial e da frequência cardíaca e dor abdominal. Apesar dos resultados encontrados, há uma carência em artigos publicados e assim, faz-se necessário mais estudos acerca do tema.