Dezembro 2022 vol. 8 num. 1 - X CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO
Artigo - Open Access.
MICROBIOMA DA PELE E A INFLUÊNCIA DE COSMÉTICOS CATEGORIA ORAL
MICROBIOMA DA PELE E A INFLUÊNCIA DE COSMÉTICOS CATEGORIA ORAL
Cavalcanti, Gabriella Caroline ; Rodrigues, Amanda Sabio ; Marangoni, Vanessa ; Diogo, Amanda Bertazzoli ;
Artigo:
INTRODUÇÃO: A pele é um ecossistema que compreende várias estruturas hospedeiras e microorganismos colonizadores, como bactérias e fungos que habitam a superfície e seu interior, atuando como primeira linha de defesa contra agentes infecciosos e tóxicos. Sua composição é única para cada indivíduo e varia entre os diferentes locais do corpo de acordo com as distintas características e nutrientes. Essa diferenciação significa que este microbioma pode ser considerado um grupo de microbiotas distintas e que desempenham um papel importante na manutenção da pele saudável. Diversos fatores alteram o estado eubiótico do microbioma da pele, como temperatura e umidade, por exemplo. Além do constante contato com o ambiente, o uso diário de cosméticos também pode afetar este microbioma e é influenciado pelo tipo e composição do produto, tempo de uso e características do usuário, alterando parâmetros biofísicos e a constituição da comunidade bacteriana. O resultado pode ser benéfico através do aumento da hidratação da pele ou prejudicial pelo desequilíbrio causado à epiderme. OBJETIVO: Entender a influência do uso de cosméticos na alteração do microbioma da pele. METODOLOGIA: Esse trabalho é uma revisão bibliográfica e as buscas dos artigos foram realizadas na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde utilizando os descritores "Microbioma, Pele e Cosméticos". Os filtros utilizados foram artigos com texto completo e publicados entre 2017 e 2022, totalizando 14 artigos. Dentre esses, apenas 1 artigo foi excluído por não se enquadrar no tema. RESULTADO: Foi constatado que o uso diário de cosméticos altera o microbioma da pele, culminando em alteração de sua biodiversidade. Dentre os fatores que corroboram para essa transformação, deve-se destacar a ação de conservantes presentes na composição de alguns cosméticos, que se faz essencial para prevenir o crescimento de microorganismos e garantir a segurança do produto. No entanto, por permanecerem ativos após sua aplicação, o uso contínuo possui um efeito inibitório sobre as bactérias residentes na pele. Na esfera de produtos de higiene, como sabonetes e hidratantes, percebe-se que a dinâmica de atuação altera a película lipídica da pele, comprometendo a eubiose cutânea. Porém, alguns outros produtos agem beneficamente na pele, visto que suas propriedades físico-químicas engendram o aumento da diversidade bacteriana, tornando-se útil em quadros de algumas doenças na medida em que reduzem a gravidade das lesões cutâneas. Existem também produtos com eficácia terapêutica que foram criados por meio do transplante de microbioma em humanos, pois foi descoberto que o S. epidermidis produz uma substância antimicrobiana que inibe o crescimento do S. aureus, uma espécie de Staphylococcus causadora de sérias infecções. CONCLUSÃO: Observou-se que as substâncias aplicadas modificam a diversidade do microbioma da pele favorecendo bactérias que crescem por meio da metabolização de ingredientes cosméticos, alterando, portanto, seu equilíbrio. Fatores como tempo de uso e composição química influenciam nestas alterações. Espera-se que o microbioma da pele possa ser um novo alvo terapêutico para as doenças tegumentares, porém, mais estudos devem ser realizados para esclarecer as interações deste microbioma com produtos de cuidado para a pele.
Artigo:
INTRODUÇÃO: A pele é um ecossistema que compreende várias estruturas hospedeiras e microorganismos colonizadores, como bactérias e fungos que habitam a superfície e seu interior, atuando como primeira linha de defesa contra agentes infecciosos e tóxicos. Sua composição é única para cada indivíduo e varia entre os diferentes locais do corpo de acordo com as distintas características e nutrientes. Essa diferenciação significa que este microbioma pode ser considerado um grupo de microbiotas distintas e que desempenham um papel importante na manutenção da pele saudável. Diversos fatores alteram o estado eubiótico do microbioma da pele, como temperatura e umidade, por exemplo. Além do constante contato com o ambiente, o uso diário de cosméticos também pode afetar este microbioma e é influenciado pelo tipo e composição do produto, tempo de uso e características do usuário, alterando parâmetros biofísicos e a constituição da comunidade bacteriana. O resultado pode ser benéfico através do aumento da hidratação da pele ou prejudicial pelo desequilíbrio causado à epiderme. OBJETIVO: Entender a influência do uso de cosméticos na alteração do microbioma da pele. METODOLOGIA: Esse trabalho é uma revisão bibliográfica e as buscas dos artigos foram realizadas na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde utilizando os descritores "Microbioma, Pele e Cosméticos". Os filtros utilizados foram artigos com texto completo e publicados entre 2017 e 2022, totalizando 14 artigos. Dentre esses, apenas 1 artigo foi excluído por não se enquadrar no tema. RESULTADO: Foi constatado que o uso diário de cosméticos altera o microbioma da pele, culminando em alteração de sua biodiversidade. Dentre os fatores que corroboram para essa transformação, deve-se destacar a ação de conservantes presentes na composição de alguns cosméticos, que se faz essencial para prevenir o crescimento de microorganismos e garantir a segurança do produto. No entanto, por permanecerem ativos após sua aplicação, o uso contínuo possui um efeito inibitório sobre as bactérias residentes na pele. Na esfera de produtos de higiene, como sabonetes e hidratantes, percebe-se que a dinâmica de atuação altera a película lipídica da pele, comprometendo a eubiose cutânea. Porém, alguns outros produtos agem beneficamente na pele, visto que suas propriedades físico-químicas engendram o aumento da diversidade bacteriana, tornando-se útil em quadros de algumas doenças na medida em que reduzem a gravidade das lesões cutâneas. Existem também produtos com eficácia terapêutica que foram criados por meio do transplante de microbioma em humanos, pois foi descoberto que o S. epidermidis produz uma substância antimicrobiana que inibe o crescimento do S. aureus, uma espécie de Staphylococcus causadora de sérias infecções. CONCLUSÃO: Observou-se que as substâncias aplicadas modificam a diversidade do microbioma da pele favorecendo bactérias que crescem por meio da metabolização de ingredientes cosméticos, alterando, portanto, seu equilíbrio. Fatores como tempo de uso e composição química influenciam nestas alterações. Espera-se que o microbioma da pele possa ser um novo alvo terapêutico para as doenças tegumentares, porém, mais estudos devem ser realizados para esclarecer as interações deste microbioma com produtos de cuidado para a pele.
Palavras-chave: Microbioma; Pele; Cosméticos,
Palavras-chave: Microbioma; Pele; Cosméticos,
DOI: 10.5151/xcomusc-15
Referências bibliográficas
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Como citar:
Cavalcanti, Gabriella Caroline; Rodrigues, Amanda Sabio; Marangoni, Vanessa; Diogo, Amanda Bertazzoli; "MICROBIOMA DA PELE E A INFLUÊNCIA DE COSMÉTICOS CATEGORIA ORAL", p. 206-218 . In: Anais do X Congresso Médico Universitário São Camilo.
São Paulo: Blucher,
2022.
ISSN 2357-7282,
DOI 10.5151/xcomusc-15
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