Trabalho Epidemiológico:

**INTRODUÇÃO: **As doenças infecciosas intestinais são transmitidas pela via fecal-oral, por meio de alimentos, água ou objetos contaminados. Os principais sintomas, dessas doenças, incluem: náusea, vômito, dor abdominal, febre, dor de cabeça, dor nos membros, perda de apetite, envenenamento sistêmico, diarreia e outros sintomas gastrointestinais, que podem levar ao óbito, se não forem tratados de forma imediata. Os idosos apresentam maior predisposição a essas doenças, em comparação à população mais jovem, por conta da diminuição natural das funções do sistema imunológico, que ocorre durante o processo de envelhecimento e do declínio progressivo da independência para o autocuidado, ocasionando em prejuízo da higiene pessoal e dos alimentos. Em virtude disso, é relevante o estudo sobre o tema. **OBJETIVOS: **Descrever o perfil epidemiológico de mortalidade, por doenças infecciosas intestinais, em idosos, no Brasil, no período de 2014 a 2018. **MÉTODOS: **Estudo epidemiológico descritivo de prevalência. Os dados foram obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), disponibilizados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), no período de 2014 a 2018. A análise baseou-se no número de óbitos, por ocorrência, para doenças infecciosas intestinais. Os dados foram estratificados por região do Brasil. As faixas etárias consideradas foram: 60 a 69 anos, 70 a 79 anos, 80 anos ou mais. A pesquisa dispensa a aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa por usar dados de domínio público. **RESULTADOS: **No recorte temporal analisado, foram registradas 16.387 mortes, por doenças infecciosas intestinais, no Brasil, em idosos. A região Nordeste apresentou a maior taxa de mortalidade (38,6%), seguida das regiões: Sudeste (36,2%), Sul (13,6%), Norte (6,3%) e, finalmente, com menor mortalidade, a região Centro-Oeste (5,3%). A maior taxa de mortalidade ocorreu na região Nordeste, possivelmente, por ser a região brasileira que apresenta o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e por ser uma das regiões com maior escassez de saneamento básico. A região Sudeste possui a segunda maior taxa de mortalidade, provavelmente por ser a região brasileira com maior índice populacional. **CONCLUSÕES: **Diante do exposto, faz-se necessária a busca por políticas públicas focadas na particularidade de cada região do país, voltadas para a ampliação do saneamento básico e para a promoção do autocuidado, no intuito de diminuir a mortalidade, por essas doenças, entre os idosos.