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A escassez e o custo elevado de terrenos apropriados para construção nos grandes centros urbanos, assim como o incremento da população nessas metrópoles determinam, indiretamente, a redução das áreas das novas unidades habitacionais de mercado e de interesse social. O artigo realizado, com base nos resultados das pesquisas do Laboratório de Habitação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LABHAB UFRJ) tem como objetivo mostrar a constituição da noção de lugar nesses espaços cada vez mais reduzidos de moradia a partir da percepção dos seus usuários. Buscamos avaliar os meios pelos quais são estabelecidas, por eles, apropriações espaciais. Para esse fim, o atributo do conforto dimensional foi observado em ambientes construídos de unidades habitacionais de três conjuntos habitacionais representativos da atual política de habitação no Brasil – o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), do Governo Federal. Verificamos, entre outros aspectos que, os casos analisados do PMCMV não são moradias com plantas flexíveis e nem tão pouco estão de acordo com os preceitos dimensionais adotados por Panero & Zelnik para o desenvolvimento de tarefas em ambientes construídos. Sendo assim, em momento algum estão coerentes com as necessidades de seus usuários em sua complexidade e plenitude.