Revisão de Literatura:

"INTRODUÇÃO: Em países em desenvolvimento é possível observar a crescentepropagação do uso de Esteróides Anabólicos Androgênicos (EAA), com osobjetivos de melhoramento da performance esportiva, bem como da aquisição deuma imagem corporal bela e forte. Os EAA são uma classe de hormônios,incluindo a testosterona, com função fisiológica de desenvolvercaracterísticas secundárias masculinas. Contudo, praticantes de musculação ausam com fim de ganho de massa muscular mais rapidamente. Assim, muitosindivíduos têm feito o uso de EAA sintéticos, atrelado à prática de exercíciosfísicos, sem, contudo, um prévio conhecimento dos seus riscos e reais efeitosao corpo. OBJETIVOS: Compreender o desconhecimento como influenciador do usoindiscriminado de EAA, bem como expor os possíveis malefícios advindos desseuso. MÉTODOS: Foi realizada revisão bibliográfica nas plataformas SciELO,Google Academic e PubMed, utilizando os termos “desconhecimento e EAA”, ""abusode EAA"", “Jovens e EAA"", ""uso indiscriminado de EAA"" e suas variações eminglês. Considerou-se para avaliação os artigos posteriores ao ano de 2013.RESULTADOS: Percebeu-se na revisão que a baixa quantidade de materiais sobre ouso indiscriminado de EAA no Brasil faz com que o tema seja pouco conhecido.De acordo com dados de um estudo realizado no município catarinense deCaçador, 87,95% dos usuários de EAA não fazem acompanhamento médico paraprevenir ou detectar possíveis efeitos colaterais e 47,82% dos usuários dessassubstâncias sintéticas desconhecem os reais efeitos dos anabólicos. Osresultados demonstram o quanto elas podem ser prejudiciais à saúde, pois geramnão só os efeitos mais conhecidos, como alteração de voz, acnes e disfunçãosexual, como também consequências graves com resultados a longo prazo, como ahipertrofia do ventrículo esquerdo, hepatomegalia (em 13% dos usuários) eesteatose hepática (em 13,7% dos usuários). CONCLUSÕES: Apesar de ser de usoexclusivo da medicina, os EAA são produtos de fácil acesso. Embora marcado porinúmeros danos à saúde mental e corporal, o consumo ainda é uma prática comum,evidenciando o desconhecimento sobre os aspectos deletérios como uma dasprincipais causas da sua prevalência. Isso demonstra a urgência da discussãoentre os atletas profissionais e indivíduos não assíduos no esporte, bem comoampliada a fiscalização dos órgãos competentes, buscando associar a discussãocrítica sobre a valorização excessiva ao corpo à divulgação de informações dequalidade na efetivação de ações preventivas."