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Estimativas dos 26 estados e Distrito Federal apontam um aumento de 7,3% nos casos de feminicídio em 2019, em comparação com 2018. São crimes de ódio motivados pela condição de gênero, com 1.314 mulheres mortas pelo fato de serem mulheres – 1 a cada 7 horas, em média. Por causa da crescente violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher no Brasil, existe hoje no país uma rede de atendimento e apoio às mulheres em situação de violência. Assim, este artigo apresenta um estudo de caso desenvolvido em um Programa de Atendimento a Vítima de Violência em Brasília, dirigido pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. A metodologia de coleta de dados foi centrada na Análise Ergonômica do Trabalho (AET), e envolveu visita guiada, documentação fotográfica do ambiente e entrevistas não estruturadas com a equipe multidisciplinar. Com o uso de conceitos, técnicas e ferramentas da disciplina de Ergonomia, foram analisados o ambiente construído, a percepção espacial da equipe multiprofissional de saúde sobre o ambiente e o impacto que o espaço tem no trabalho.