Resumo:

A pesquisa busca resgatar o histórico de constituição dos currículos mínimos de desenho industrial de 1969 e 1987, especificamente o papel que a categoria acadêmica e membros do campo do desenho industrial do período teriam exercido na solicitação, discussão, redação, revisão e publicação de ambos currículos. Embasando-se em fontes primárias e memórias dos envolvidos nos processos, metodologicamente a pesquisa se fundamenta nas premissas da História Social, e lança mão da abordagem da microhistória para reconstituição dos dados e narrativa, e História Oral como ferramenta de suporte para as entrevistas com os agentes. A pesquisa até o momento constatou que a primeira versão do currículo mínimo em 1969 não teve interferências diretas do campo para sua escrita, nascendo de uma burocracia entre o Governo do Estado da Guanabara e o MEC (Ministério da Educação e Cultura) para o reconhecimento do curso de desenho industrial da Esdi (Escola Superior de Desenho Industrial); enquanto que a atualização do currículo, em 1987, teve importante participação das associações profissionais e escolas do período, que viram no currículo mínimo um importante suporte à reserva de mercado, em paralelo com a regulamentação profissional.