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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE SE AUTOMUTILAM: UMA ANÁLISE NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DE 2018 A 2023.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE SE AUTOMUTILAM: UMA ANÁLISE NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DE 2018 A 2023.

Cavinato, Kethlen Torres ; Sidião, Gabriella Borges ; Morais, Lorrany Eduarda Pereira ; Morita, Isabelle Leiko Guedes ; Jorge, Stephanie Zarlotim ; Letícia Amelotti Coelho, Luiza Neves Favero ; Arruda, Éric Edmur Camargo ;

Medicina:

"Os comportamentos autolesivos são atos que causam dor ou danos superficiais ao próprio corpo sem a intenção de causar morte. Embora não envolva intenção de morrer, o ato repetitivo dessensibiliza o indivíduo à dor física, podendo aumentar o risco de suicídio, estando associada a um aumento de 26,7 vezes no risco de suicídio. A prevalência global é, aproximadamente, 16 a 17%, assim, é importante identificar os grupos mais vulneráveis. ObjetivoO estudo objetiva analisar o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes que se automutilam na cidade de São Paulo entre 2018 e 2023. MétodoEstudo epidemiológico descritivo, no qual os dados analisados foram obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), acessados por meio do DATASUS. As variáveis foram ano da notificação, idade (0 a 19 anos), sexo, raça, presença de deficiência ou transtorno e suspeita de uso de álcool. ResultadosDe 2018 a 2023, foram registrados 19.526 casos de automutilação entre crianças e adolescentes em São Paulo. A maioria ocorreu na faixa etária de 15 a 19 anos (64,3%), seguida de 10 a 14 anos (28,9%). O consumo de álcool foi relatado em 1.645 casos (8,4%) com um pico em 2020 de 9,24%. O sexo feminino é mais propenso à automutilação (77,8%). Nas deficiências/transtornos, que contabilizaram 4.823 indivíduos (24,7%), o transtorno comportamental teve maior influência com 2.526. Brancos e pardos representaram 91,28%. ConclusãoOs transtornos comportamentais e o uso de álcool evidenciam a complexidade dos fatores de risco. Esses dados destacam a necessidade de estratégias preventivas, como intervenções psicossociais e educacionais."

Medicina:

"Os comportamentos autolesivos são atos que causam dor ou danos superficiais ao próprio corpo sem a intenção de causar morte. Embora não envolva intenção de morrer, o ato repetitivo dessensibiliza o indivíduo à dor física, podendo aumentar o risco de suicídio, estando associada a um aumento de 26,7 vezes no risco de suicídio. A prevalência global é, aproximadamente, 16 a 17%, assim, é importante identificar os grupos mais vulneráveis. ObjetivoO estudo objetiva analisar o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes que se automutilam na cidade de São Paulo entre 2018 e 2023. MétodoEstudo epidemiológico descritivo, no qual os dados analisados foram obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), acessados por meio do DATASUS. As variáveis foram ano da notificação, idade (0 a 19 anos), sexo, raça, presença de deficiência ou transtorno e suspeita de uso de álcool. ResultadosDe 2018 a 2023, foram registrados 19.526 casos de automutilação entre crianças e adolescentes em São Paulo. A maioria ocorreu na faixa etária de 15 a 19 anos (64,3%), seguida de 10 a 14 anos (28,9%). O consumo de álcool foi relatado em 1.645 casos (8,4%) com um pico em 2020 de 9,24%. O sexo feminino é mais propenso à automutilação (77,8%). Nas deficiências/transtornos, que contabilizaram 4.823 indivíduos (24,7%), o transtorno comportamental teve maior influência com 2.526. Brancos e pardos representaram 91,28%. ConclusãoOs transtornos comportamentais e o uso de álcool evidenciam a complexidade dos fatores de risco. Esses dados destacam a necessidade de estratégias preventivas, como intervenções psicossociais e educacionais."

Palavras-chave: Automutilação, autolesão, auto injúria, comportamento autolesivo, crianças, adolescentes,

Palavras-chave: Automutilação, autolesão, auto injúria, comportamento autolesivo, crianças, adolescentes,

DOI: 10.5151/sabara2024-2836

Referências bibliográficas
  • [1] "MATSON, J. L.; TURYGIN, N. C. How do researchers define self-injurious behavior? Research in Developmental Disabilities, v. 33, n. 4, p. 1021–1026, jul. 2012.
  • [2] SELBACH, L.; MARIN, A. H. Self-harming adolescents: how do they perceive and explain this behavior? Psico-USF, v. 26, n. 4, p. 719–732, out. 2021.
  • [3] STUDART-BOTTÓ, P. et al. Self-injurious behavior and related mortality in children under 10 years of age: a retrospective health record study in Brazil. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 42, p. 40–45, 5 ago. 2019.
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  • [5] GLENN, C. R.; KLONSKY, E. D. Nonsuicidal Self-Injury Disorder: An Empirical Investigation in Adolescent Psychiatric Patients. Journal of Clinical Child & Adolescent Psychology, v. 42, n. 4, p. 496–507, jul. 2013.
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  • [7] SON, Y.; KIM, S.; LEE, J.-S. Self-Injurious Behavior in Community Youth. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 18, n. 4, p. 1955, 17 fev. 2021.
  • [8] GEULAYOV, G. et al. Self-harm in children 12 years and younger: characteristics and outcomes based on the Multicentre Study of Self-harm in England. Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, 19 jul. 2021.
  • [9] SETÚBAL, D. J. L. Saiba um pouco mais sobre automutilação entre crianças e jovens - Blog Saúde Infantil. Disponível em: . Acesso em: 29 jul. 2024."
Como citar:

Cavinato, Kethlen Torres; Sidião, Gabriella Borges; Morais, Lorrany Eduarda Pereira; Morita, Isabelle Leiko Guedes; Jorge, Stephanie Zarlotim; Letícia Amelotti Coelho, Luiza Neves Favero; Arruda, Éric Edmur Camargo; "PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE SE AUTOMUTILAM: UMA ANÁLISE NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DE 2018 A 2023.", p. 50-52 . In: Anais do 7º Congresso Internacional Sabará-PENSI de Saúde Infantil. São Paulo: Blucher, 2024.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/sabara2024-2836

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