Medicina:

"Justificativa As neoplasias do encéfalo em crianças provém de células indiferenciadas e de crescimento anormal no cérebro ou medula espinhal, sendo gliomas e meduloblastomas as mais frequentes. As neoplasias do sistema nervoso são o segundo grupo mais prevalente na população infantojuvenil, atrás apenas das leucemias. Objetivo(s) Analisar o perfil epidemiológico de neoplasias malignas do encéfalo em crianças de 1 até 9 anos no Estado de São Paulo, entre janeiro de 2020 e junho de 2024, identificando padrões de incidência. Método(s) Estudo retrospectivo com dados de neoplasia maligna do encéfalo (CID C71), retirados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) abrangendo janeiro de 2020 a junho de 2024. Foram analisados morbidade hospitalar, segundo raça, sexo e idade.Resultado(s)No período analisado, houve 2.303 internações por neoplasia maligna do encéfalo em crianças de 1 a 9 anos em São Paulo. O maior número de internações ocorreu em 2022 (n = 547), enquanto 2023 teve apenas 447 casos (18,28% a menos). Em 2024, até junho, foram registrados 241 casos. Analisando o número de internações, a maior prevalência foi em brancos (n = 1.598), com diferença entre os gêneros: 913 casos em meninos e 685 em meninas, enquanto em pretos (14 em meninos e 15 em meninas) e pardos (348 em meninos e 328 em meninas) a distribuição é semelhante. Houve 98 óbitos, com incidência em brancos e discreta predominância feminina (32 homens e 36 mulheres).Conclusão(ões) Concluiu-se que, entre 2020 e 2024, as internações de crianças de 1 a 9 anos foram mais frequentes em 2022, principalmente entre brancos do sexo masculino. É essencial direcionar políticas para reduzir a mortalidade, analisando fatores socioeconômicos e acesso ao tratamento."